Comida que não é comida: os alimentos ultraprocessados são o novo tabaco

A categoria de alimento ultraprocessado surgiu em 2010, proposta por uma equipa brasileira que criou uma nova classificação de alimentos.

Foto
Os alimentos ultraprocessados têm vindo a ser associados a um maior risco de doenças cardiovasculares, cancros ou demência, LUCY NICHOLSON/Reuters
Ouça este artigo
00:00
05:13

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

A maneira mais comum de avaliar se um alimento é saudável baseia-se na quantidade de sal, gordura e açúcar. É esta a base do polémico sistema de semáforo nutricional Nutri-score que, apesar de ter sido tornado opcional pelo actual Governo, está em muitas embalagens em Portugal. No entanto, nos anos mais recentes têm sido publicados estudos que, em parte, contrariam esta ideia. Para além do tipo de nutrientes de um determinado alimento (gordura, açúcar, proteína, sal, fibra), é fundamental a natureza química desses nutrientes. Até ao surgimento dos alimentos ultraprocessados (tais como conglomerados de cereais, refrigerantes, salsichas) comíamos apenas coisas pouco ou nada processadas (arroz, carne, feijão, leite, fruta, legumes, ovos, cogumelos frescos, água) ou medianamente processadas (azeite, vinagre, manteiga e pão verdadeiro). Mas estes alimentos são caros e têm prazos de validade curtos.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.