Depois de Assad

Al Jolani tem um passado de islamista radical, mas apresentou-se com abertura ao diálogo com as minorias étnicas e religiosas. E até com as elites do regime anterior. Prevalecerá esse tom?

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Durante meio século a dinastia Assad governou a Síria com mão-de-ferro. Brutalizou o seu povo com uma repressão feroz e com o apoio de aliados poderosos: o Irão e a Rússia. Desde 2011 que o país estava mergulhado numa sangrenta guerra civil, que, em 13 anos, custou a vida a cerca de meio milhão de pessoas, provocou cinco milhões de refugiados e sete milhões de deslocados internos, a esmagadora maioria, a viver no limiar da pobreza. Em 2017, as potências envolvidas no conflito – Rússia, Irão e Turquia – chegaram a um acordo para uma “desescalada” e o conflito parecia congelado. Mas, em violação do acordo, a Rússia e o Irão continuaram o apoio a Assad, que parecia estar a ganhar a guerra. Era essa, pelo menos, a percepção internacional.

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