O escritor brasileiro Dalton Trevisan, vencedor em 2012 do Prémio Camões, o maior galardão de língua portuguesa, morreu aos 99 anos, anunciou a família na rede social Instagram. "Todo vampiro é imortal. Ou, ao menos, seu legado é. Dalton Trevisan faleceu esta segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024, aos 99 anos."

A jornalista Isabel Salema assina o obituário. Ler na íntegra

(Crédito: Dérson Trevisan, circa 1946/ 1947. Acervo Dalton Trevisan/Reprodução)

Ao longo dos anos foram vários os artigos que publicámos no PÚBLICO sobre o escritor Dalton Trevisan.

A antiga jornalista do PÚBLICO Alexandra Lucas Coelho fez uma reportagem em Curitiba, em 2013. Aqui vos deixo o PDF desse Ípsilon.

Em 2020, também a colaboradora Isabel Lucas viajou até Curitiba numa das reportagens da série Viagens ao País do Futuro, que foram reunidas em livro. Ler o artigo no Leituras. 

Na altura em que Dalton Trevisan recebeu o Prémio Camões, em 2012 (ler  aqui e aqui), também o escritor e crítico literário brasileiro José Castello escreveu sobre o escritor de Curitiba no PÚBLICO. Leia a crónica na íntegra. E eu fiz uma crónica sobre os haiku de Dalton Trevisan. 

QUARTO ANIVERSÁRIO DO ENCONTRO DE LEITURAS ESTA NOITE

O seu Terrível Abraço.
Tiago Ferro.
Tinta-da-china// € 14,90 // 176 pp
Todavia// R$ 74,90 // 152 pp

O Encontro de Leituras, parceria editorial entre o jornal português PÚBLICO e a Quatro Cinco Um, recebe o escritor brasileiro Tiago Ferro nesta terça-feira, dia 10 de Dezembro, às 22h de Lisboa (19h de Brasília). Vamos conversar sobre O seu Terrível Abraço, que acaba de ser lançado em Portugal pela Tinta-da-china e foi publicado no Brasil em 2023, pela Todavia. 

Depois de um primeiro período de três anos realizado em parceria com o jornal Folha de S. Paulo, o clube de leitura do PÚBLICO à volta de livros publicados nos dois lados do Atlântico completa agora mais um ano, em associação com a revista brasileira Quatro Cinco Um.

Ferro é autor de O Pai da Menina Morta (Todavia, 2018), que ganhou, em 2019, os prémios Jabuti de melhor romance e São Paulo de Literatura de melhor romance de estreia. Misturando ficção e realidade, o autor expõe o luto de um pai que perde a filha, numa narrativa fragmentada.

O seu Terrível Abraço conta a história de um intelectual branco, de classe média alta, diagnosticado com uma doença terminal, a partir das frustrações da geração que amadureceu depois da redemocratização do Brasil, cercada de privilégios sociais, e da crise política que culminou nas manifestações de 2013. Ler a recensão da Quatro Cinco Um

O acesso Encontro de Leituras é gratuito. Como habitualmente, a sessão é aberta a todos os que queiram participar. A ID é a 821 5605 8496 e a senha de acesso 719623.  Entre na reunião Zoom através do link.

Dia: 10 de Dezembro, terça-feira
Horário: às 19h no Brasil e 22h em Portugal continental
Evento online e gratuitovia Zoom

Tiago Ferro (Eva Becerra/Divulgação)​


Deixo aqui os dados para se aceder ao zoom:
 
https://us06web.zoom.us/j/82156058496?pwd=XVajCpNXeHl8x1QmXY9aL32G2yfHoB.1

Meeting ID: 821 5605 8496
Passcode: 719623

 

Podcast

"A Palavra que Resta", de Stênio Gardel

No Encontro de Leituras de Abril, leitores do PÚBLICO e da Quatro Cinco Um conversaram com o escritor brasileiro Stênio Gardel. Siga o podcast nas aplicações.

 Numa cerimónia em São Paulo, no Brasil, foram conhecidos os vencedores do Oceanos – Prémio de Literatura em Língua Portuguesa. Nuno Júdice foi premiado postumamente. Ler o texto aqui

Livros de ciência no sapatinho

 Carlos Fiolhais e David Marçal já fizeram as habituais sugestões de livros de ciência para prendas de Natal. São dez e podem ser ouvidas no podcast Mais Lento do que a Luz que junta quinzenalmente, sempre às segundas-feiras, o físico e o bioquímico. 

Logo a abrir fazem a recomendação do livro A Ciência no Grande Teatro do Mundo, de António Manuel Baptista (1924- 2015), relançado neste ano em que se comemora o centenário do nascimento deste físico e divulgador de ciência. Esta obra foi pela primeira vez publicada na Gradiva nos anos 90 e a Tinta-da-china lança agora uma reedição com algumas novidades, entre as quais, um texto do seu neto. Um dos capítulos é sobre ciência e poesia, recorda Carlos Fiolhais. Ouça o podcast na íntegra

Já nas livrarias

NÃO-FICÇÃO

Queria? Já Não Quer? -Mitos e disparates da língua portuguesa
Autoria: Marco Neves
Editora: Guerra & Paz
160 págs; 16 €
Nas livrarias a 22 de Outubro
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O linguista que tem 52,5 mil seguidores no TikTok, é professor na Universidade Nova de Lisboa e criou a página Certas Palavras e o podcast Pilha de Livros, tem um novo livro. "Será que as histórias que ouvimos sobre a nossa língua são mesmo verdadeiras? Algumas são — outras, nem por isso. Neste livro, vou pegar no chapéu de detective e pôr-me a escavar, à procura da verdade sobre muito do que se conta sobre a língua portuguesa. (…) Nas próximas páginas vamos encontrar acrónimos enganadores, assassinos de ditados, etimologias fingidas. Há palavrões, pistas falsas, descobertas surpreendentes", escreve na introdução. Aqui ficam algumas das suas perguntas: será que "queria um café" é erro? O mais famoso palavrão da língua tem origem no cesto das caravelas? Qual a verdadeira origem dos nomes dos dias úteis em português?

NÃO-FICÇÃO

Eros, Amargo e Doce – Um Ensaio
Autoria: Anne Carson
Tradução de Tatiana Faia
Editora: Edições 70
220 págs; 18,90€
Já nas livrarias
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A primeira obra de Anne Carson, publicada em 1986, foi nomeada um dos 100 melhores livros de não-ficção de todos os tempos pela Modern Library. A poeta, ensaísta, tradutora e classicista, que nasceu no Canadá mas passa parte do ano na Islândia, faz uma "meditação lírica sobre o amor na literatura e na filosofia da Grécia Antiga", refere a editora. "Foi Safo quem primeiro chamou a eros ‘amargo e doce’. Ninguém que se tenha apaixonado a contesta. Que significam estas palavras? Eros parecia a Safo uma experiência ao mesmo tempo de prazer e dor. Aqui há uma contradição e talvez um paradoxo. Entender este eros pode dividir a mente em dois. Porquê? As partes da contradição podem parecer, à primeira vista, óbvias. Damos por certo, como Safo, a doçura do desejo erótico; o seu lado prazeroso sorri para nós. Mas a amargura é menos óbvia", lê-se neste ensaio.

A página das saídas de livros Leituras sai na versão impressa do PÚBLICO às terças-feiras e pode ser lida online no Leituras, o site do PÚBLICO dedicado aos livros. Podem aceder à desta semana a partir daqui

Assírio Bacelar, um dos fundadores da Assírio & Alvim e da Editorial Vega, morreu na semana passada. O editor e escritor, autor de Memórias de Um Brinquedo que se Partiu (2015) ou Sob um Signo de um Deus Menor (2019), sempre lutou pela democratização do livro. Ler o obituário feito por mim na íntegra. 

O amor é a melodia mais antiga na escrita de Han Kang, Nobel da Literatura 2024. No seu discurso de aceitação do Nobel da Literatura, a escritora sul-coreana fez uma suave viagem pela sua carreira e pelas perguntas que a habitam, e a transformam, livro a livro. "O que é o amor?" Ler o texto da jornalista Joana Amaral Cardoso.

Na sexta-feira, o Ípsilon teve o novo disco de Samuel Úria como tema de capa. Nesta semana será dedicado aos habituais Melhores do Ano!

Até para a semana.