Fortes explosões sentidas em Damasco após bombardeamentos israelitas
Desde domingo que ataques de Israel têm como alvo as principais instalações militares, com o objectivo de impedir que caiam nas mãos dos rebeldes.
Fortes explosões foram sentidas esta terça-feira em Damasco, de acordo com a agência de notícias France-Presse (AFP), pouco depois de uma organização não-governamental (ONG) ter avançado que Israel lançou 250 ataques contra a Síria.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) avançou que Israel efectuou cerca de 250 bombardeamentos contra a Síria desde a queda do presidente Bashar al-Assad, no domingo.
A ONG, com sede no Reino Unido e uma vasta rede de informadores na Síria, disse que Israel tem como alvo as principais instalações militares, com o objectivo de impedir que caiam nas mãos dos rebeldes.
A OSDH disse que Telavive bombardeou aeroportos, radares, depósitos de armas e munições, centros de investigação militar e danificou navios da Marinha síria ao atacar uma defesa aérea junto ao porto mediterrânico de Latakia (noroeste).
Já na segunda-feira a OSDH tinha dito que a aviação israelita bombardeou navios militares em Latakia e paióis em várias localidades dos arredores da cidade.
A organização indicou que “aviões de guerra israelitas lançaram ataques contra navios de guerra sírios no porto de Latakia e contra armazéns de armas das forças do antigo regime” nos arredores da cidade.
O director do OSDH, Rami Abdel Rahman, indicou Israel pretende destruir o “poder militar” do governo de Assad, derrubado no domingo por uma coligação de grupos rebeldes islamitas. A rádio oficial do Exército israelita assegurou que “Israel está a destruir navios militares sírios no porto de Latakia".
O OSDH indicou que outros alvos militares do Exército do deposto presidente sírio, Bashar al-Assad, nos arredores de Damasco e de outras cidades do país, como Mahaja, no norte da província de Daraa (sul), foram também atacados na segunda-feira pela aviação militar israelita.
A ONG referiu que “Israel destruiu todos os aviões de combate nos aeroportos, além de alguns radares e depósitos de armas, desde que Bashar al-Assad fugiu da Síria após a queda do regime”.
Assad abandonou a Síria e pediu asilo na Rússia, depois de, no domingo, uma coligação rebelde liderada pela Organização de Libertação do Levante (HTS, em árabe) ter tomado o controlo da capital síria numa ofensiva-relâmpago de 12 dias.