Física quântica, Gaya de Medeiros, Meredith Monk ou Tiago Rodrigues na Culturgest em 2025

Entre Fevereiro e Agosto, a Culturgest, em Lisboa, tem estreias nacionais no teatro e na dança e actividades “fora de portas”.

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Meredith Monk em Aveiro (2007) dr
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A música de Meredith Monk, Bill Frisell, Keeley Forsyth, Norberto Lobo e Ben Chasny faz parte da programação da Culturgest para 2025, que também conta com espectáculos de Vera Mantero, Gaya de Medeiros e Tiago Rodrigues.

A programação da Culturgest, em Lisboa, a cumprir de Fevereiro a Agosto inclui teatro, dança, cinema, música e artes visuais, soma estreias e actividades "fora de portas", e aborda temas tão distintos como "limites do corpo, luto, gestos do dia-a-dia, entreajuda social, experimentalismo, resistência, fascismo e liberdade".

No teatro e na dança, destacam-se as novas criações de Tiago Rodrigues, em Fevereiro, e de Raquel André com Tónan Quito, em Junho: No Yogurt for the Dead, inspirada nos últimos dias de vida do pai do encenador e actual director artístico do Festival de Avignon, será apresentada em estreia nacional de 19 a 23 de Fevereiro e segue depois para o Theatro Circo, em Braga; Começar Tudo Outra Vez, de Raquel André, que aborda histórias de vida, de morte e de políticas de migração, estreia-se a 25 Junho.

A coreógrafa dinamarquesa Mette Ingvartsen traz a 28 de Fevereiro e 1 de Março as coreografias All Around, com o baterista Will Guthrie, "um concerto com dança em que o público ocupa um espaço performático", e Skatepark, que também vai ser apresentado no Rivoli, no Porto.

Em Abril, Gaya de Medeiros estreia-se na Culturgest com Cafezinho, peça inspirada em Café Müller, da coreógrafa alemã Pina Bausch. A nova coreografia de Vera Mantero, C.C. (Crematística e Contraforça), está marcada para Maio, depois da estreia, dias antes, no Festival DDD - Dias da Dança. E o espectáculo Exist Above - After the Tempest, de Anne Teresa De Keersmaeker, abre o mês de Junho, dias antes da apresentação no Porto, meses depois de ter pedido desculpa à companhia Rosas que fundou e a acompanha, na sequência de denúncias de bullying.

A programação de música, em Fevereiro, conta com Meredith Monk & John Hollenbeck, no intimismo de Duet Behavior; Norberto Lobo e Ben Chasny (Six Organs of Admittance), num concerto dedicado a Carlos Paredes, no centenário do guitarrista; e com os Mão Morta, que celebram 40 anos de carreira com o álbum Viva La Muerte!, inspirado nas vozes da Revolução.

Março é a vez do trio do guitarrista Bill Frisell, com Thomas Morgan e Rudy Royston, e de Keeley Forsyth, que se estreia em Portugal com o álbum The Hollow. Abril conta com Memória de Peixe e o terceiro álbum, III, e com Mark Eitzel (American Music Club), que se apresenta com um octeto de cordas, formado por alunos da Escola Profissional de Música de Espinho e do Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga. O Silêncio de Moritz von Oswald, com o Nova Era Vocal Ensemble, fecha o mês de Maio.

Nas artes visuais serão inauguradas exposições de Susan Hiller (Dedicado ao Desconhecido), Marcel Broodthaers (Archive e de Fernando Marques Penteado. O ciclo Território, entre o espaço Fidelidade Arte, em Lisboa, e a Culturgest Porto, será definido pelas mostras Se Eu Tivesse Mais Tempo, Teria Escrito Uma Carta Mais Curta, Jardineiro Relutante e Acloc o'Clock.

As exposições Meia Sombra e Joga o Jogo: Partida..., a partir da colecção de arte da Caixa Geral de Depósitos, serão apresentadas, respectivamente, no Museu do Caramulo e no MU.SA - Museu das Artes de Sintra.

Em termos participativos, com "envolvimento social", haverá Capicua e o músico Luís Montenegro, reunidos numa co-produção com o Teatro Viriato, de Viseu, e o Theatro Circo de Braga; o colectivo de arquitectura de Braga Space Transcribers; o projecto Motion, do Teatro Frio; e Isto não é um Cubo, que reúne artistas e públicos de Évora, Lisboa e São Miguel, nos Açores.

A programação de Verão alastrar-se-á a espaços exteriores, estando desde já anunciados concertos da Orquestra Jazz de Matosinhos e o programa de estudos experimentais para artistas performativos, Mystery School of Choreography.

Na área das conferências, destacam-se a mesa-redonda sobre "arte como forma de resistência", com Ananya Jahanara Kabir, Dino D'Santiago e Patrick Chamoiseau; o debate sobre fascismo e extrema-direita, com Adolfo Luxúria Canibal, Luís Trindade, Miguel Pedro e Sílvia Correia; e o ciclo "Mundo Quântico: estranhamente familiar", a propósito dos cem anos de Física Quântica.

No cinema, a Culturgest recebe a quarta edição da Ampla, em Fevereiro, mostra de filmes premiados em 2024 nos principais festivais nacionais, e o 22.º Indielisboa, de 1 a 11 de maio.

A programação integral está disponível no site da Culturgest.