Governo tem dois cidadãos portugueses identificados na Síria e nenhum pediu para sair
Se houver necessidade de retirar algum cidadão português da Síria, o repatriamento será coordenado com parceiros europeus, disse ao PÚBLICO fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
O Governo só tem dois portugueses identificados na Síria e até ao momento nenhum pediu para ser repatriado, na sequência da queda do regime de Bashar al-Assad, avançou ao PÚBLICO fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros.
Numa altura em que Espanha já retirou 26 pessoas da capital síria, segundo o diário El País, o executivo português não recebeu qualquer pedido de repatriamento. O Governo tem identificados apenas dois cidadãos portugueses na Síria, uma religiosa e um funcionário das Nações Unidas, estando ambos enquadrados nas suas estruturas e não pediram para sair.
Para além dos dois cidadãos referidos pelo executivo, o Governo tem conhecimento da existência na Síria de cidadãos com dupla nacionalidade. No entanto, têm pouco contacto com a embaixada portuguesa em Nicósia, no Chipre, responsável por cobrir a Síria, pelo que o executivo não dispõe de muitas informações sobre esses cidadãos.
Ainda de acordo com fonte oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros, se houver necessidade de retirar algum português da Síria, um eventual processo de repatriamento será coordenado com parceiros europeus.
No dia em que os rebeldes declararam a Síria como livre do regime de Bashar al-Assad, o Ministério dos Negócios Estrangeiros garantiu que Portugal está a seguir de perto a situação na Síria, em conjunto com os parceiros europeus. "O povo sírio tem direito à paz", lê-se na publicação na rede social X.
"O fim do inominável regime de Assad deve conduzir a uma transição pacífica e inclusiva de todas as comunidades, na linha da Resolução 2254 do Conselho de Segurança da ONU", realçou a tutela.
A Resolução 2254 do Conselho de Segurança das Nações Unidas foi aprovada em Dezembro de 2015 com o objectivo de se definir uma solução política para a guerra civil na Síria e de se estabelecer um processo de transição política.