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Toda a beleza da Ilha da Madeira em homenagem aos avós que amaram o Brasil
Ana Brites de Freitas lança o livro Ilha da Madeira — A Pérola do Atlântico, em referência aos avós Matilde e Silvestre, que a convenceram a conhecer a região ainda pouco visitada pelos brasileiros.
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A escritora Ana Brites Freitas decidiu fazer uma homenagem aos avós paternos Matilde Gouvea e Silvestre Freitas, que nasceram em Funchal, capital da Ilha da Madeira, e amaram o Brasil. E, como ela diz, nada poderia ser melhor do que mostrar em livro as belezas da região, ainda pouco conhecidas pelos brasileiros que visitam Portugal, mas não se aventuram pelas ilhas do país — Madeira e Açores. A versão digital da obra Ilha da Madeira — A Pérola do Atlântico pode ser baixada gratuitamente por meio do Instagram.
Segundo Ana, o livro apresenta os principais pontos turísticos da Madeira, as belezas naturais e um pouco da cultura local, as festas, os museus e as tradições folclóricas. A escritora optou por uma abordagem poética e delicada, de forma a proporcionar aos leitores “uma verdadeira viagem cultural e gastronômica", destacando pratos típicos como o filé de espada preto com banana e molho de maracujá, a espetada, o tradicional bolo do caco, o bolo de mel.
“São iguarias que fazem da culinária madeirense um símbolo internacional. Além disso, o vinho Madeira, um dos mais famosos do mundo, ganha destaque no livro, assim como o bordado típico da ilha”, afirma a autora. Ela destaca, ainda, que a leitura do livro permite ver a ilha sob diversos ângulos, entrelaçando o passado e o presente com plena harmonia. “Trata-se de um convite especial para brasileiros e amantes da cultura madeirense conhecerem esse paraíso e se apaixonarem, assim como eu me apaixonei”, enfatiza.
Na avaliação de Ana, um dos pontos mais marcantes da obra é a análise da influência da cultura madeirense na cultura brasileira. “A Ilha da Madeira, sendo um importante porto estratégico nas viagens dos colonizadores portugueses, desempenhou papel central na disseminação de tradições culturais e gastronômicas no Brasil”, diz.
Ela lembra que, descoberto cerca de 80 anos após a Madeira, o Brasil recebeu influências diretas da ilha. “Desde o cultivo da cana-de-açúcar, com a expertise dos engenhos madeirenses, até a gastronomia e os costumes que chegaram com os primeiros colonizadores portugueses, muitos deles, oriundos da Madeira”, frisa a escritora, cujo pai, Roberto, foi o único dos filhos de Matilde e Silvestre que nasceu no Brasil. A seguir, pontos da entrevista de Ana ao PÚBLICO Brasil.
Como surgiu à ideia do livro?
Ao visitar a Ilha da Madeira, me encantei com as belezas naturais, os pontos turísticos, a gastronomia, e resolvi divulgar essa ilha mágica para os brasileiros, muitos descendentes de portugueses que ainda não visitaram a Ilha.
Você fala em homenagem aos seus avós? Por quê?
Porque meus avós madeirenses me inspiraram para ir até a Ilha da Madeira conhecer a cultura e o folclore local, que muito se parece com parte da cultura brasileira. Fiz este livro em homenagem a eles, que viveram na Madeira e deixaram um legado para a família com tradições, receitas típicas, histórias e vivências.
A Madeira ainda é desconhecida pelos brasileiros? Por quê?
Muitos brasileiros têm o costume de visitar mais o continente do que as ilhas. Ainda não há muita divulgação da Ilha da Madeira e dos Açores no Brasil.
O que não se pode deixar de fazer na Madeira?
Comer o peixe espada preto acompanhado de banana frita e descer de carros de cesto no Monte em Funchal.
Há similaridades entre a Madeira e o Brasil? Quais?
Sim. A gastronomia é muito parecida, assim como as festas típicas, os bordados, entre outras.
Que dicas daria para os brasileiros que desejam conhecer a Madeira?
Fiquem pelo menos cinco dias em Funchal para conhecer a Ilha de Norte a Sul, experimentem o famoso vinho Madeira, degustem as lapas e o peixe-espada. Experimentem as frutas exóticas, desçam o Monte nos carros de cestos, passeie de barco para avistar as baleias e golfinhos e suba no Pico Areeiro para ver o nascer do Sol. Espetáculo imperdível!
O título desta matéria foi atualizado por conter uma incorrência.