Sporting sofre terceira derrota consecutiva

“Leões” perdem em Moreira de Cónegos e podem acabar a jornada com a companhia do FC Porto na liderança do campeonato.

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Gyökeres marcou, mas o Sporting perdeu Pedro Nunes / REUTERS
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Estaremos a assistir a um colapso épico? Ou será um acidente de percurso? O tempo o dirá, mas a verdade é que o Sporting, até há uma semana, o líder isolado e perfeito da I Liga, esqueceu-se de como se ganham jogos. Esqueceu-se de como se controlam jogos e praticamente esqueceu-se de como se marcam golos. Nesta quinta-feira, os “leões” sofreram a sua terceira derrota consecutiva, desta vez frente ao Moreirense por 2-1, e pode deixar de ser o líder isolado, dependendo do que fizer o FC Porto em Famalicão – os “leões” pararam nos 33 pontos, os “dragões” têm 30 e o Benfica, com menos dois jogos, tem 28.

Não é coincidência que esta série de maus resultados e exibições tenha começado pouco depois de João Pereira ter ficado com o lugar que foi de Ruben Amorim durante mais de quatro anos. Nem sequer será assim tão surpreendente (e nada disto terá a ver com a falta de habilitações do novo técnico, Amorim também não as tinha). Nos primeiros tempos, seria a equipa a carregar o treinador até que este se habituasse. Mas nem a equipa se habituou a ele, nem ele se habituou à equipa. Arsenal e Santa Clara já tinham aproveitado este desencontro, agora foi o Moreirense.

César Peixoto já tinha complicado a vida a Roger Schmidt (que saiu após um empate em Moreira de Cónegos) e a Vítor Bruno (eliminou o FC Porto da Taça), e João Pereira foi mais uma das suas vítimas. Ou seja, também não foi uma coincidência o Sporting ter caído em Moreira de Cónegos. Há mérito em aproveitar as debilidades episódicas de um adversário mais poderoso. O Moreirense ganhou, ganhou bem e mereceu a sorte que teve.

João Pereira voltou a mexer, promovendo o regresso ao “onze” de Gonçalo Inácio, importante na construção a partir de trás. O Sporting pareceu entrar disposto a varrer as nuvens negras o mais depressa possível e chegou cedo ao golo. Aos 9’, Marcelo derrubou Gyökeres na área dos minhotos e o sueco, três minutos depois, foi eficaz da marca dos 11 metros, voltando aos golos depois de dois jogos a zero.

O golo madrugador não teve o efeito pacificador que se esperaria no Sporting. E rapidamente, aos 19’, o Moreirense nivelou o marcador, também na sequência de uma bola parada. Num livre lateral do lado direito, Alanzinho colocou a bola na área e Dinis Pinto, ainda bem longe da baliza, teve um cabeceamento perfeito para o empate dos minhotos.

O índice de nervosismo dos “leões” estava altíssimo e isso percebeu-se no lance que deu a reviravolta ao Moreirense. Um lançamento de linha lateral sem nexo de Geny Catamo que foi na direcção de Schettine. O brasileiro deixou que a bola batesse na relva e, de primeira, atirou para mais um belo golo da equipa da casa. Kovacevic, desposicionado, não teve hipótese. Reacção do Sporting? Esteve quase a sofrer mais um golo antes do intervalo, mas o guardião bósnio conseguiu defender um remate rasteiro de Madson.

Na segunda parte, os inimigos do Sporting foram dois: o seu próprio nervosismo e a trave da baliza de Kewin. Por duas vezes a bola bateu no ferro, de Hjulmand aos 53’ e de Inácio aos 81’. O Sporting podia ter saído, no máximo, com um empate de Moreira de Cónegos. Saiu com uma mão cheia de nada.

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