Receitas de bilheteira dos espectáculos ao vivo em 2023 batem recorde de 2022
Teatro e concertos renderam em 2023 quase 190 milhões de euros, com uma afluência de 17,1 milhões de espectadores, segundo o Instituto Nacional de Estatística.
As receitas de bilheteira dos espectáculos ao vivo renderam quase 190 milhões de euros no ano passado, mais 28,5% do que em 2022, ano que já atingira o maior valor desde 1979, graças principalmente ao aumento da procura.
Segundo o relatório anual estatístico de Cultura de 2023, divulgado esta quinta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), os espectáculos ao vivo, como concertos e teatro, geraram 189,2 milhões de euros de receitas de bilheteira, mais 41,9 milhões do que no ano anterior (147,3 milhões), que já registara o maior valor desde 1979.
Os dados revelam que em 2023 se realizaram 42.792 sessões de espectáculos ao vivo, o que representa um aumento de 3,4% face às 41.388 de 2022.
No entanto, a maior subida, em termos percentuais, registou-se na afluência de público, com 17,1 milhões de espectadores, mais 14,9% do que no ano anterior, e 7,3 milhões de bilhetes vendidos (mais 9,6%).
Comparativamente, em 2022 as sessões de espectáculos ao vivo tiveram 14,9 milhões de espectadores e venderam 6,6 milhões de bilhetes.
Segundo o INE, o pop/rock voltou a ser a modalidade com maior expressão em termos de espectadores e receitas, tendo-se realizado 2580 concertos, com 3,9 milhões de espectadores.
Contudo, a maioria destes viu os espectáculos com bilhetes oferecidos e apenas 1,8 milhões é que corresponderam a entradas pagas, originando 83,7 milhões de euros de receitas de bilheteira.
Em comparação com 2022, registaram-se mais 620,1 mil espectadores e mais 22,3 milhões de euros de receitas de bilheteira.
"O teatro continuou a ser a modalidade com maior número de sessões", 14.824, ou seja, mais de um terço do total, às quais assistiram 2,1 milhões de pessoas, segundo o INE. Em receitas de bilheteira, o teatro facturou 17,3 milhões de euros. Relativamente ao ano anterior, realizaram-se mais 229 sessões, o que representa um aumento de 1,6%, mas com menos 79,8 mil espectadores, o que se traduz numa queda de 3,6%, e consequente quebra no valor das receitas de bilheteira, de menos 4,7 milhões de euros (menos 21,6%).