Custo da mão-de-obra encarece preços da construção em Outubro

Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,2% em Outubro, face ao mesmo mês de 2023. Custos da mão-de-obra subiram 9,7%.

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Apesar da queda do preço de vários materiais de construção, o cimento e os ladrilhos ficaram mais caros em Outubro Manuel Roberto
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Os custos de construção de habitação nova aumentaram 4,2% em Outubro, face ao mesmo mês de 2023, registando uma subida de 0,9 pontos percentuais (p.p.) face a Setembro, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

O preço dos materiais caiu 0,1% face ao período homólogo (uma queda menor que os 0,7% apresentados em Setembro), mas o custo da mão-de-obra subiu 9,7%, o que traduz um aumento de 1,3 pontos face a Setembro, reflectindo-se num agravamento do custo da construção dos edifícios residenciais.

Segundo o INE, o custo da mão-de-obra contribuiu com 4,2 p.p. (3,7 p.p. no mês anterior) para a formação da taxa de variação homóloga do Índice de Custos de Construção de Habitação Nova (ICCHN) e os materiais tiveram um impacto nulo (foi de -0,4 p.p. em Setembro).

“Entre os materiais que mais influenciaram negativamente a variação agregada do preço” estão os betumes, com uma descida de 20%, as madeiras e derivados de madeira e os outros materiais de revestimentos, isolamentos e impermeabilização, com reduções na ordem dos 10%.

“Em sentido oposto, destacaram-se o cimento com um crescimento homólogo próximo dos 10%, e os ladrilhos e cantarias de calcário e granito e as obras de carpintaria, com subidas próximas dos 5%”, assinala o INE.

Em termos mensais, o ICCHN subiu 0,5% em Outubro, um ritmo superior em 0,7 p.p. face a Setembro: o custo dos materiais desceu 0,1% e o da mão-de-obra subiu 1,2%.

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