Doar a quem precisa provoca reação que melhora o mundo, explica documentário

Produção brasileira, dirigida por Sérgio Rizzo, estreia nesta terça-feira na Globoplay e estará disponível gratuitamente em todos os locais com acesso à plataforma de streaming.

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O filme mostra o efeito que a doação tem em quem doa e em quem recebe Divulgação
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Histórias de pessoas que ajudam o próximo, doando quando elas precisam, são o tema no documentário Doar, dirigido pelo paulistano Sérgio Rizo, 59 nos, que estreará nesta terça-feira (3/12), na Globoplay. “O filme é uma narrativa audiovisual que procura mostrar como doar pode transformar vidas”, diz.

O lançamento mundial do filme coincide com uma data considerada importante: o Dia de Doar. “É a primeira terça-feira depois da Black Friday. A data surgiu nos Estados Unidos, com o nome Giving Tuesday, e se espalhou por vários países do mundo”, afirma Rizzo, um dos diretores da Deusdará, responsável pela produção.

Ele explica a importância da data: “O Dia de Doar é um movimento para promover a generosidade e a cultura da doação. É uma mobilização que promove um país mais doador e empático por meio da conexão de pessoas. E faz isso celebrando o prazer que é doar, impulsionando esse hábito o tempo todo”. Rizzo defende que doar muda a vida não apenas de quem recebe, mas, também, de quem entrega algo que é seu.

O diretor do documentário conta que não há um dono do Dia de Doar. “Como movimento, não é centralizado: a marca, os materiais de campanha e os manuais de apoio são disponibilizados para que cada um que queira participar possa se apropriar e criar sua própria iniciativa”, frisa.

Sem milionários

Uma das preocupações do jornalista e professor universitário foi o de não tornar o filme algo que pudesse ser usado como publicidade. “Não entram empresas, nem milionários. Apenas pessoas comuns, que, periodicamente, põe a mão no bolso e doam”, explica.

Rizzo deixa claro que não foi ele que surgiu com a proposta. “Apenas fui convidado a dirigir a produção. Quem teve a ideia foram a Joana Mortari e o Leonardo Brant”, revela. Joana é advogada e ativista pela filantropia e Leonardo trabalha como pesquisador cultural e documentarista na produtora Deusadará.

Segundo o diretor, o tema abordado é muito próximo dele. “Esse assunto para mim é muito caro. Venho da classe média baixa, e as doações foram muito importantes na minha vida e da minha família”, ressalta.

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O diretor Sérgio Rizzo quer que mais pessoas se dediquem a doar Divulgação

A relação dele com o documentário traz mais uma proximidade. “O bairro em que cresci é o mesmo em que vive a personagem principal, a coordenadora no Brasil do Dia de Doar e em que começa o filme, o parque São Lucas, em São Paulo”, acrescenta.

O custo da produção foi de 500 mil reais (78,4 mil euros), verba captada por meio da Lei Rouanet de incentivo à cultura. A filmagem durou cinco meses, de julho a novembro de 2023. O documentário estará disponível nos 26 países em que em que é possível ver a Globoplay, incluindo Portugal.

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