Desconfiança nas ciências, desigualdade e participação

O que os promotores da desinformação e das teorias da conspiração estão a aproveitar, para manipular as pessoas, não será tanto a iliteracia científica, mas sim a desigualdade e a exclusão.

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A instalação de indivíduos que basearam a sua carreira política na promoção de crenças negacionistas e anticientíficas no governo do país mais desenvolvido do planeta é motivo de espanto e preocupação. As pessoas que o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, nomeou para posições estratégicas parecem reivindicar a ignorância, o desprezo pela evidência científica e a arbitrariedade como bandeiras de que se orgulhar. Continua a ser importante promover o conhecimento do que as ciências fazem – não só nos seus resultados, mas também nas suas formas de funcionamento (muitas vezes distintas entre diferentes áreas): como se lida com a incerteza, como se chega a um consenso, como as suas investigações são financiadas, etc. No entanto, é também importante não reduzir o apoio que figuras sinistras como Robert F. Kennedy Jr. e outros obscurantistas receberam a um simples reflexo de um analfabetismo científico subjacente.

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