Movimento de Rui Moreira quer ir às autárquicas e vai falar com partidos
O presidente do movimento de cidadãos (que é também vice-presidente da Câmara Municipal do Porto) diz que “o foco” é iniciar conversações com partidos e não esclarece se pensa candidatar-se.
O Porto, Nosso Movimento, pelo qual foi eleito Rui Moreira - que cumpre o seu último mandato naquela autarquia -, quer concorrer às eleições autárquicas de 2025, mas em moldes ainda por definir. A decisão foi tomada por unanimidade numa assembleia geral do movimento, realizada na sexta-feira. O nome do actual presidente do movimento, Filipe Araújo, tem sido apontado como potencial candidato, mas para já, o também vice-presidente da Câmara do Porto afirma que "o foco é cumprir a deliberação da assembleia" e iniciar conversações com partidos para definir uma candidatura.
Em declarações ao PÚBLICO, Filipe Araújo destaca que está agora mandatado para “criar todas as condições de candidatura deste movimento independente”. Além disso, sublinha, a moção “acrescenta algo que é importante” – que está também mandatado para “estabelecer conversações com partidos”. O vice-presidente da Câmara do Porto não esclarece, para já, com quem pretende falar. Mas sublinha que não quer que o movimento se esgote no final do mandato de Rui Moreira.
A notícia da deliberação da assembleia geral levou o CDS-PP a enviar uma nota à imprensa na qual se demarca de uma candidatura autónoma do movimento, vincando que "nunca foi propósito decidir para já uma candidatura autónoma, ou liderante do Movimento, às próximas eleições autárquicas".
O vice-presidente da câmara do Porto nota que o movimento que agora lidera tem tido, desde 2013, "o apoio de vários partidos", como o CDS, Iniciativa Liberal e o Partido da Terra. "E tivemos acordos de governação, quer com o PS, quer, desde as últimas eleições, com o PSD", acrescenta Araújo, insistindo que o movimento se mantém "aberto à sociedade e associados de vários partidos".
Filipe Araújo tomou posse em Janeiro de 2023 como presidente da associação cívica, sucedendo a Francisco Ramos, com o objectivo de dar continuidade às políticas do executivo municipal liderado por Rui Moreira. Segundo Araújo, a assembleia geral de sexta-feira foi a “mais participada de sempre”, com mais de 150 associados a votar.