China e Rússia realizaram exercícios aéreos conjuntos sobre o mar do Japão

Manobras conjuntas fazem parte de “um plano anual de cooperação entre as duas Forças Armadas”, segundo o ministério da Defesa chinês, e reflectem a estreita cooperação militar entre Pequim e Moscovo.

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Em Março de 2023, a Vladimir Putin e a Xi Jinping concordaram em reforçar a sua cooperação militar para “aumentar a confiança mútua entre as suas forças armadas” SPUTNIK / REUTERS
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As Forças Armadas da China e da Rússia realizaram esta sexta-feira a nona “patrulha aérea estratégica conjunta” no “espaço aéreo relevante” sobre o mar do Japão, informou o ministério da Defesa chinês em comunicado.

As manobras aéreas fazem parte de “um plano anual de cooperação entre as duas Forças Armadas”, segundo o ministério, que não deu mais pormenores sobre os exercícios.

Em Setembro, Pequim e Moscovo realizaram uma série de exercícios navais conjuntos no mar do Japão, que, segundo os analistas, reflectem a estreita cooperação militar entre os dois países, que atingiu novos níveis nos últimos anos.

Em Julho, as duas Forças Armadas realizaram uma patrulha aérea conjunta com bombardeiros estratégicos perto do estado norte-americano do Alasca, no Pacífico Norte e no Árctico.

Os exercícios desta sexta-feira vêm juntar-se a uma série de “iniciativas estratégicas” que sublinham o aprofundamento das relações de Defesa entre as duas nações, numa altura em que as tensões com o Ocidente continuam a aumentar.

Os exercícios surgem também apesar de acusações ocidentais de que a China é responsável por apoiar com armas a campanha militar russa na Ucrânia, algo que Pequim tem negado repetidamente.

Em Março de 2023, a Rússia e a China concordaram em reforçar a sua cooperação militar para “aumentar a confiança mútua entre as suas forças armadas”, de acordo com uma declaração conjunta dos presidentes russo e chinês, Vladimir Putin e Xi Jinping, no Kremlin.

Desde o início do conflito, a China tem mantido uma posição ambígua em relação à guerra na Ucrânia, apelando ao respeito pela “integridade territorial de todos os países”, incluindo a Ucrânia, e à atenção às “preocupações legítimas de todos os países”, em referência à Rússia, com quem tem intensificado os laços nos últimos anos.