Miguel Quintas afasta candidatura à liderança da Iniciativa Liberal
Antigo candidato dos liberais à Câmara Municipal de Lisboa tinha admitido a possibilidade de avançar com uma candidatura à liderança da IL.
Miguel Quintas exclui candidatar-se à liderança da Iniciativa Liberal, avançou o Observador e confirmou o PÚBLICO junto do próprio. O antigo candidato dos liberais à Câmara Municipal de Lisboa tinha admitido a possibilidade de concorrer à liderança do partido, mas concluiu não ter as condições necessárias para avançar. “Neste momento não considero que estejam reunidas as condições para o fazer”, diz Miguel Quintas ao PÚBLICO.
O antigo candidato à Câmara de Lisboa – que desistiu da corrida à autarquia lisboeta apenas três dias depois de ter sido anunciado como candidato – aponta como entraves a uma possível candidatura “condições de tempo útil, de estrutura organizativa e do próprio sistema que se tem vindo a edificar na IL, a par das suas idiossincrasias internas”.
Miguel Quintas tinha assumido, na semana passada, a sua disponibilidade para encabeçar uma candidatura à liderança da Iniciativa Liberal, cuja eleição se deve disputar no início de 2025.
Ao PÚBLICO, Quintas tinha dito estar "disponível para defender o liberalismo em Portugal. Um liberalismo democrático, corajoso e baseado na transparência”, acrescentando: “Se a sociedade me chamar [para defender o liberalismo], estarei disponível, com certeza, e será uma honra.”
Esta quinta-feira, o empresário deu um passo atrás e excluiu essa possibilidade, no entanto, vinca estar “sempre disponível” para defender os valores do liberalismo, “seja numa plataforma partidária”, se tal fizer sentido para si, “ou extra-partidária”.
Defendendo que “urge o tempo de mudança e que, em particular, as cadeiras têm de mudar” na IL, Miguel Quintas sublinha que o partido “necessita verdadeiramente de se refundar internamente”.
O antigo candidato autárquico considera que parte dos “princípios liberais mais profundos” da fundação do partido estão agora “muito afastados do rumo da IL”.
Por isso, acredita que se deve “olhar para as idiossincrasias internas no que toca à gestão própria e hierárquica do aparelho organizativo” e para a “necessidade de reorientação estratégica política no espectro nacional”.
Contudo, Miguel Quintas deixa claro que a sua actuação “jamais” se pautará “por algum tipo de revanchismo”: “Tenho a plena convicção que na IL foi feita muita coisa e parte dela verdadeiramente boa. Apenas acredito que não é o suficiente e o caminho dos últimos anos não deve ser seguido”, vinca.