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AIMA sofre pressão da diplomacia para decidir sobre título de residência de estudante
Diplomatas avaliam reivindicação de estudantes da CPLP. Eles querem tratamento diferenciado da AIMA para obtenção de autorização de residência em Portugal. Embaixador prevê posição até 12 de dezembro.
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A pressão de estudantes lusófonos para a obtenção da autorização de residência em Portugal tem, agora, apoio da diplomacia. O Comitê de Concertação Permanente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) recebeu, nesta quarta-feira (27/11), a reivindicação dos jovens, que pedem tratamento diferenciado junto à Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA) para a documentação.
Chefe da Missão Diplomática do Brasil junto à CPLP, o embaixador Juliano Nascimento, encarregado de apresentar o requerimento dos estudantes, fez a entrega do pedido aos diplomatas representantes dos nove países integrantes da organização. Ele prevê que uma posição sobre o tema deve sair até a próxima reunião do Comitê, em 12 de dezembro.
Nascimento pediu aos embaixadores que analisem os termos das reivindicações, que incluem, também, questões como precariedade estrutural, mensalidades pagas nas universidades públicas portuguesas e situação dos alojamentos estudantis. “Fiz a apresentação da carta, entreguei aos colegas da CPLP, pedi que analisassem tudo e tomassem uma decisão sobre como será o encaminhamento junto ao governo português”, ressalta.
Expectativa grande
Segundo o embaixador brasileiro, a demanda dos estudantes é reveladora não apenas em relação aos problemas que enfrentam, mas, também, quanto às dificuldades enfrentadas por vários grupos de imigrantes em Portugal. “É uma questão que afeta a todos, e isso dependerá muito de como será o diálogo dos países da CPLP com o governo português”, sublinha.
Em reunião realizada, na semana passada, entre o embaixador e os representantes de estudantes do Brasil e de outros países lusófonos, ficou definido que os jovens aguardariam uma posição da CPLP para definir os próximos passos. Daniel Domingos, pela Casa do Brasil de Coimbra, e Ayrton Pahula, da associação de estudantes angolanos, consideram o encaminhamento muito produtivo, que “gerou grande expectativa por parte dos estudantes lusófonos”. Procurada, a AIMA não respondeu.