Universidade Nova quer “fazer match” entre estudantes e quartos de lisboetas (a preços mais baixos)
O programa será lançado oficialmente esta quinta-feira. O objectivo é juntar estudantes e pessoas que vivem sozinhas ou famílias com quartos livres (e rendas acessíveis).
O projecto 1/4, lançada pela Universidade Nova de Lisboa para proporcionar alojamento a preços acessíveis aos estudantes, fica disponível a partir desta quinta-feira. Quando o site estiver disponível, basta acederes para mais informação e, se estiveres interessado, preencher um formulário de participação.
O projecto, que quer motivar pessoas que vivem sozinhas e famílias com quartos livres a receberem estudantes em suas casas, já tinha sido anunciado no início deste ano, mas agora toma forma. É uma "resposta" da universidade "à crescente crise habitacional que afecta também os estudantes universitários em Portugal", lê-se no comunicado enviado ao P3 esta quarta-feira.
O objectivo é que os quartos desta plataforma tenham "renda acessível" — só podem "ser praticadas rendas até um valor máximo de 20% abaixo do valor de mercado, conforme estabelecido pelo Programa de Arrendamento Acessível", critério que possibilita a isenção de IRS e IRC.
Após o lançamento, e recebidos os primeiros formulários de interesse, "as primeiras acções de apoio e matching poderão começar". Apesar disso, está previsto que, no início de 2025, seja ainda lançada uma plataforma digital "onde os estudantes poderão registar-se e os anfitriões terão a possibilidade de anunciar" os quartos disponíveis.
“Esta plataforma garantirá não apenas segurança, mas também transparência e acessibilidade no arrendamento e na procura de quartos”, afirmou a Nova, em comunicado.
A Universidade Nova prevê que os benefícios funcionem para ambas as partes. Para os anfitriões, além do rendimento extra, poderão ter "quando assim pretendam, apoio e companhia". Para os estudantes, "um quarto digno, em lugar conveniente e com valor acessível para viver e estudar".
A falta de quartos para alunos deslocados já tem sido denunciada várias vezes ao longo dos últimos anos. Na semana passada, um estudo da Edulog (think thank da Fundação Belmiro de Azevedo) consultado pelo P3 dava conta de que 15,4% dos alunos deslocados afirmam ter concorrido a um lugar numa residência estudantil, mas apenas 3% o conseguiram.