Como relaxar

Deixe-se estar parado e descansado que aqui nós movemos o mundo por si. Com o princípio do luxo merecido bem vincado, eis um cruzeiro que é uma espécie de retiro de bem-estar onde a ideia é levar os viajantes a mergulhar num ocean state of mind e a entregar-se aos mimos de um refúgio pensado ao detalhe.

Se o motor estiver no movimento, vale a pena entrar no The Dolder Grand, um hotel em Zurique feito de história e obras de arte, que se visita como quem percorre um museu.

Cheia de personalidade própria está também a Casa Fortunato, em Alcácer do Sal, que aposta no "fugir do tudo em série".

E se alguém disser que podemos mudar de vida e ganhar saúde em quatro dias, isso é… Sha Clinic. Carla B. Ribeiro foi ver se é verdade e conta tudo aqui.

Por onde andar

E aí vêm as luzes de Natal em três, dois, um… Lisboa, Porto, Bragança, Gaia e Funchal já deram o corpo ao manifesto da quadra, outras se seguirão.

Na agenda estão também o sonho de Perlim, O Céu da Língua de Gregorio Duvivier, um Amo-te de Francisco Tropa, os 200 anos de Vista Alegre, as intervenções de Vhils e Música em São Roque, um dos destaques dos Palcos da semana.

Seguimos viagem pela "melhor estrada do mundo", sem esquecer as vidas que existem nas bermas e vão muito além da paisagem.

O que comer

A prestar contas à mesa, temos sopa caramela à moda do Pinhal Novo, a trufa branca de Alba no Come Prima, o engenho da Cozinha dos Ganhões, a peixaria d’O Água pela Barba, as invenções do Irú Omakase e um foie gras para comer sem culpas.

Venham a nós também Mulheres com Tomates, degustações ao balcão do Voraz, míscaros do Fundão e três receitas para um Natal pouco tradicional.

O que beber

No que toca a vinhos, a expressão "nem tanto ao mar, nem tanto à terra" ganhou todo um novo significado quando Luís Mota Capitão (Herdade do Cebolal) decidiu pôr garrafas a estagiar no fundo do mar. Diz que a ondulação funciona como um shaker e ao fim de um par de anos "o vinho do mar é mais velho do que o vinho da terra".

Outra curiosidade: a centenária Casa Agrícola Horácio Simões tem em curso uma experiência que põe a fermentar o Moscatel de Setúbal em talhas.

Tradições reinventadas à parte, habemus tintos de castelão para a posterioridade, um vinho que "vale a pena mastigar", o Enxarrama da Fitapreta (ou "arqui-rival" do Pêra-Manca) e as memórias de uma noite feliz, "em que o Barca Velha fez prova entre as estrelas".

O que ver

A par das estreias em cartaz – com O Ouro e o Mundo de Ico Costa à cabeça –, a tela está reservada para o Porto/Post/Doc, festival de cinema do real que nesta 11.ª edição se dedica a explorar a entropia.

Para a lista do pequeno ecrã contribuem Yacht Rock: A Dockumentary de Garret Price, sobre a música suave dos anos 1970 e 80, e a nova plataforma CaixaForum+, que disponibiliza gratuitamente mais de 500 conteúdos culturais e científicos. De nada.

O que ler

"A felicidade é quase sempre medida não por aquilo que se tem, mas por aquilo que falta". As palavras são de Bruno Vieira Amaral que esteve à conversa com Helena Vasconcelos a propósito do seu romance Toda a Gente Tem Um Plano.

A mestria de Paul Murray via A Picada de Abelha, o Ministério do Tempo saído da pena de Kaliane Bradley e a Carta a Um Jovem Decente alinhavada por Mafalda Anjos são outras boas leituras.

Na estante infantil estão cinco livros para pôr os miúdos a mexer, um livro-disco de Amélia Muge e umas notas sobre o feitiço da Lua.

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