Luiz Caracol apresenta em trio o espectáculo Sou no Misty Fest, em Lisboa e no Porto

Depois da quase orquestra de Ao Vivo no Namouche, Luiz Caracol criou um espectáculo em trio que chega agora ao Misty Fest. Quinta-feira no B.Leza e sexta na Casa da Música.

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Um ano após o lançamento do álbum Ao Vivo no Namouche, numa revisão de carreira para fecho de um ciclo, o cantor e compositor Luiz Caracol chega aos palcos do Misty Fest com um concerto em trio, intitulado Sou, que deriva das suas últimas experiências na estrada. Quinta-feira, dia 28, vai estar em Lisboa, no B.Leza (22h) e na sexta estará no Porto, na Casa da Música (21h30).

“Na verdade, foi um exercício interessante transitar daquilo que era o disco ao vivo, dez músicos a tocar ao mesmo tempo, para uma coisa mais compacta, no sentido de ser também mais portátil e de conseguirmos ir para a estrada com melhores condições”, diz Luiz Caracol ao PÚBLICO nas vésperas destes dois concertos. “Então, acabei por convidar dois dos músicos que participaram no disco ao vivo, que são multi-instrumentistas, o Gustavo Liberdade, que toca teclas, braguesa, baixo e percussão, e o Pedro Carvalho, que toca cavaquinho, guitarra eléctrica e percussão.”

A nova série de concertos começou em Março, com mais músicos, e foi na sequência de um convite para tocar a Cabo Verde, em Abril, no Atlantic Music Expo, que Luiz Caracol quis experimentar uma formação em trio. “Foi lá que basicamente estreámos isto e, de lá até aqui, tem sido muito bom andar na estrada com este formato.” Um formato que os concertos integrados no Misty mantêm: “Quem nos convidou para ir ao Misty viu o nosso concerto em Cabo Verde, gostou bastante, e foi nesse sentido que nos convidou para o festival. Vamos ter uma convidada especial em Lisboa, a Nancy Vieira, e, em princípio, vamos ter no Porto uma convidada que ainda não posso revelar.”

Segundo Luiz Caracol, este “é um concerto um bocadinho mais modernizado e electrónica, até do ponto de vista da tocabilidade”: “Porque estamos três músicos ali, onde num tema um toca baixo, outro guitarra e outro percussão e a seguir um toca teclas, outro cavaquinho e outro guitarra braguesa. E está-nos a dar particular prazer misturar, por um lado, os instrumentos orgânicos que nunca deixaram de estar na minha música, com os electrónicos. E está a ser uma surpresa, também para nós, a maneira como o público tem vindo a receber este concerto e esta nova estética.”

Quanto ao repertório, uma parte virá do Ao Vivo no Namouche, que já de si era uma revisão de canções dos álbuns anteriores, mas também canções que não entraram nesse disco e que virão dos trabalhos anteriores: 9, assinado Luiz e a Lata (2008), Devagar (2013) e Metade e Meia (2017).

“Houve necessidade de trazer também para o repertório canções que não gravei no Ao Vivo no Namouche, canções que fazíamos ao vivo e que o público nos pedia. Então trouxemo-las para este concerto, juntamente com 70 a 80 por cento do Ao Vivo no Namouche, de forma a levar as pessoas também aos meus trabalhos anteriores.” Se o álbum ao vivo trazia três inéditos, desta vez não haverá canções novas: “Temos andado muito na estrada e muito ocupados, por isso ainda não partimos para a gravação dos novos temas”, diz Luiz. Mas já está pensado, “num esboço do que possa vir a ser”, e o novo álbum sairá em 205, talvez com um single no primeiro semestre.

A digressão, essa, não pára: “Vamos ao Brasil, a Belo Horizonte e São Paulo, no primeiro semestre de 2025, e há também uma forte hipótese de voltarmos a Cabo Verde e de irmos a França.”

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