Israel já terá aceitado proposta dos EUA para cessar-fogo no Líbano
Enviado norte-americano terá dito a Netanyahu que era agora ou todos teriam que esperar pela posse de Trump. Televisão pública israelita KAN diz que o acordo será anunciado dentro de dois dias.
Israel terá concordado com o plano dos Estados Unidos para um cessar-fogo no Líbano, podendo o mesmo ser anunciado dentro de dois dias, de acordo com o canal público de televisão KAN. Segundo o Times of Israel, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, estaria no domingo a trabalhar na melhor forma de apresentar o acordo com o Hezbollah à opinião pública israelita.
O enviado especial norte-americano, Amos Hochstein, terá dito a Netanyahu que esta era a última oportunidade para aceitar a proposta de cessar-fogo, caso contrário, Israel teria de ficar à espera de que o próximo Presidente dos EUA, Donald Trump, tomasse posse para avançar no domínio diplomático.
De acordo com o KAN, citado pela agência de notícias turca Anadolu, o Governo israelita estaria empenhado em conseguir liberdade para Israel operar junto às fronteiras com o Líbano e a Síria. E terá recebido garantias norte-americanas, segundo fontes bem informadas, de que as suas forças poderiam “agir militarmente, no caso de o Hezbollah violar os termos do cessar-fogo”.
Contactado pelo jornal Haaretz, um porta-voz do Conselho Nacional de Segurança dos EUA disse que a Administração Biden “continua a trabalhar para alcançar uma solução diplomática que permita aos civis de ambos os lados da Linha Azul regressar em segurança às suas casas”.
À Rádio do Exército israelita, o embaixador dos EUA em Israel, Mike Herzog, declarou que ainda há “pontos para acertar”, mas que um acordo está “próximo” e que pode vir “a concretizar-se dentro de dias”.
Nem o Líbano nem o Hezbollah se pronunciaram até agora sobre o acordo, mas a agência turca lembrava que o secretário-geral do Hezbollah, xeque Naim Qassem, disse que o grupo tinha enviado os seus comentários sobre a proposta norte-americana, realçando que era preciso saber se Netanyahu estaria mesmo empenhado num cessar-fogo.