Taça Davis volta parcialmente ao formato antigo

A localização da fase final de 2025 deverá ser conhecida até ao fim do ano. Eliminatórias disputadas fora e em casa vão regressar.

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Juan Medina / REUTERS
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O formato da Taça Davis adoptado em 2019, pela federação internacional de ténis (ITF), não vingou. A ausência dos melhores jogadores nas equipas nacionais e o fraco ambiente vivido nas bancadas quando a selecção local não competia levou a ITF a rescindir o contrato e repensar o formato. As críticas e queixas de muitos jogadores, em especial os mais velhos, que cresceram com o formato anterior, também ajudaram ao fim do milionário acordo com a Kosmos.

O formato de eliminatórias em casa e fora vai voltar, com o factor ambiente e a escolha de piso a serem novamente os aspectos mais atractivos da centenária prova. No entanto, a opção por uma derradeira fase (quartos-de-final, meias-finais e final), com oito selecções numa mesma cidade irá continuar, num compromisso entre o formato histórico e as necessidades actuais. Será um regresso parcial à antiga e histórica versão da Taça Davis, com a particularidade de reduzir para três o número máximo de semanas que os jogadores de topo terão de reservar para jogar a competição, num calendário bastante carregado.

As eliminatórias em casa e fora vão voltar logo em Janeiro, com a primeira ronda do qualifying a juntar 26 nações e cujo sorteio será realizado no dia 2 de Dezembro. O mesmo sistema será aplicado na segunda ronda, em Setembro, com sete eliminatórias disputadas entre 13 selecções apuradas da ronda anterior e a Itália, campeã em 2024.

As oito equipas apuradas para os quartos-de-final reunir-se-iam em local fixo para disputar o final do torneio, em Novembro. E essa deverá ter sido a única aposta ganha com a adopção do formato proposto pela Kosmos – cujo contrato válido por 25 anos e no valor de 2,8 mil milhões de dólares, foi assinado pelo antigo jogador de futebol, Gerard Piqué, presidente e um dos sócios da empresa de media.

O Palacio de Deportes José Maria Martin Carpena registou um total de 65 mil espectadores ao longo da semana (mais cinco mil que no ano anterior), a que também não foi alheio o facto de se assinalar a despedida de Rafael Nadal. “43% dos adeptos no estádio viajaram de fora, de países que se qualificaram, o que representa um aumento significativo”, frisou David Haggerty, presidente da ITF.

O responsável máximo do ténis mundial deverá anunciar a escolha do novo local ainda este ano, depois de três torneios consecutivos em Málaga.

A cidade hospedeira tem que garantir a organização e logística das oito equipas finalistas, cujo total de elementos deverá rondar a centena. Se o país figurar no top 50 do ranking das nações, ou contar com um representante no top 10 da tabela ATP, terá direito a um dos oito lugares da fase final. “Temos duas ou três excelentes ofertas”, adiantou David Haggerty,

Os rumores sugerem a Ásia e o jornal Times adiantou mesmo que será a China, e mais precisamente em Zhuhai, o destino da fase final.

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