Rocket do Hezbollah aterra perto de Telavive após grande ataque israelita em Beirute

Domingo foi um dos dias com mais disparos do movimento libanês contra o Estado hebraico, apesar da decapitação da sua liderança e da presença de forças israelitas no terreno no Sul do Líbano.

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Local atingido por um projéctil do Hezbollah na zona de Petah Tikva, perto de Telavive ABIR SULTAN / EPA
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O movimento xiita libanês Hezbollah disparou, este domingo, cerca de 300 rockets a partir do Líbano contra Israel, no que foi um dos dias com mais lançamentos desde o início da intensificação do conflito. Um dos projécteis atingiu um edifício perto de Telavive. Isto acontece um dia depois de um forte ataque israelita em Beirute que matou pelo menos 29 pessoas.

O analista de questões militares Yossi Melman, do diário Haaretz, escreveu na rede social X que o dia se estava a aproximar, em número de projécteis disparados, do pior dia para Israel, que foi 24 de Setembro, com 35o projécteis. Isto apesar de Israel ter decapitado a liderança do Hezbollah, incluindo um bombardeamento que matou o próprio líder, Hassan Nasrallah, e de estar presente com forças terrestres no Sul do Líbano.

O Hezbollah, que já tinha prometido responder aos ataques a Beirute atacando Telavive, afirmou ter lançado mísseis contra duas instalações militares em Telavive e nas proximidades.

A polícia disse que houve vários locais de impacto na área de Petah Tikvah, na parte Leste de Telavive, e que várias pessoas ficaram feridas sem gravidade. Imagens de televisão mostraram um apartamento danificado pelos disparos, e um vídeo do serviço médico Magen David Adom mostrou carros em chamas.

O Exército afirmou que muitos dos projécteis foram interceptados e que pelo menos quatro pessoas tinham sido feridas por estilhaços.

Os ataques do Hezbollah aconteceram depois de um dos mais mortíferos ataques israelitas em Beirute, com 29 mortos. As forças israelitas não disseram o que tinham atacado.

Israel também atacou um centro militar na zona de Tiro, no Sul, matou um soldado libanês e deixando outros 18 feridos. O Exército israelita disse lamentar o sucedido, declarando que estava a atacar o Hezbollah e não o exército libanês. Por várias vezes já os militares israelitas atingiram militares libaneses ou locais ou elementos da força de manutenção de paz da ONU, a UNIFIL.

A actual fase da ofensiva israelita no Líbano deixou mais de um milhão de deslocados. Israel diz que quer assegurar-se de que dezenas de milhares de pessoas que viviam no Norte do país podem voltar a casa sem serem alvo dos ataques do Hezbollah, que disparou contra essas comunidades a partir do dia 8 de Outubro de 2023, o dia seguinte ao do ataque do Hamas contra Israel.

Isto acontece quando uma proposta de cessar-fogo feita pelos Estados Unidos aguarda resposta de Israel.