Sempre, de Luciana Fina, vence Grande Prémio do festival Caminhos do Cinema

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Sempre, de Luciana Fina, reflecte um intenso, colossal, trabalho de arquivo
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O filme Sempre, de Luciana Fina, que se debruça sobre a revolução do 25 de Abril, venceu o Grande Prémio do festival Caminhos do Cinema Português, que decorre em Coimbra, anunciou sábado a organização.

Na longa-metragem documental Sempre a investigadora e realizadora italiana, residente em Portugal há 30 anos, revisita imagens da revolução, atravessando o salazarismo, o 25 de Abril, o Processo Revolucionário em Curso (PREC), o Verão Quente e a descolonização.

O júri justificou esta decisão por ser um filme baseado numa "colossal pesquisa", que "pinta com as cores e as tintas do presente o mesmo mural colectivo dos artistas e actores de Abril".

Play it Again, Yuki, um filme de João Ganho, recebeu o prémio do público da 30.ª edição do festival, referiu a organização, em nota enviada à agência Lusa.

Estamos no Ar, de Diogo Costa Amarante, arrecadou o prémio de melhor ficção deste festival dedicado ao cinema português, assim como de melhores interpretações (principal e secundária).

Percebes, de Alexandra Ramires e Laura Gonçalves, recebeu o prémio de melhor animação, e À Mesa da Unidade Popular, de Isabel Noronha e Camilo de Sousa, de melhor documentário.

Alexander David, com À Tona D'Água, ficou com o prémio revelação.

O Caminhos atribuiu ainda o prémio de melhor longa-metragem para Pedágio, de Carolina Markowicz.

Nas categorias técnico-artísticas, entre outras, Marta Mateus recebeu o prémio de melhor realização com Fogo de Vento, Rui Poças, Sayombhu Mukdeeprom e Gui Liang o prémio de melhor fotografia para Grand Tour, de Miguel Gomes, e Margarida Cardoso melhor argumento com Banzo.

Na selecção Ensaios, dedicada a filmes produzidos em contexto académico, Pedro Hasrouny foi o premiado nacional com Uma Mãe Vai à Praia.

A secção principal da competição foi avaliada por um júri composto por Filipa Vasconcelos, João Pedro Rodrigues, Mina Andala, Paulo Cunha e Pedro Brito.

Este ano, o festival contou com mais de 60 horas de cinema exibido, numa edição que também homenageou o actor e encenador Luís Miguel Cintra, com o prémio Ethos, entregue de cinco em cinco anos.