Manchete do L’Equipe a 14 de Abril de 1958: “Nove futebolistas argelinos desapareceram”. Não era bem assim. O título do prestigiado diário desportivo francês não correspondia totalmente à verdade. Não tinham desaparecido, não se tinham perdido. Sabia-se bem onde eles estavam. Estavam na Tunísia para jogar por um país que ainda não existia, para fazer parte de uma equipa que seria o rosto desportivo de uma revolução. Antes de ser um país, a Argélia teve uma selecção de futebol, feita por homens que tinham passaportes passados pela potência colonizadora, a França. Rachid Mekhloufi foi um dos que podia ter ficado quieto, preenchido com o que fazia pelo Saint-Étienne e ansioso pelo seu futuro na selecção francesa, e teria, de certeza, jogado um Mundial, talvez dois ou três. Mas escolheu outro caminho.
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