Língua azul: “Todos os dias temos de enterrar ovelhas e choramos”

Em Setembro, foi detectado um novo serótipo do vírus da língua azul, que atinge ovelhas e vacas. Em particular no Alentejo, houve dias em que morreram à volta de 3000 animais.

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A doença da língua azul tem estado a matar ovelhas e borregos Rui Gaudêncio
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O número de ovinos mortos pelo novo surto da doença ascendeu a quase 200% acima dos valores do período homólogo relativo ao ano passado, havendo dias em que o número de cadáveres recolhidos variou entre 2500 e 3000. Em anos normais, oscila entre 500 e 600 animais. No final da tarde da última quarta-feira, quando o sol já desaparecia no horizonte, José Neves Gonçalves, proprietário de um pequeno rebanho de ovinos na zona de Serpa, ainda charruava a terra com um tractor quando o PÚBLICO interrompeu a tarefa com uma pergunta: que impacto a febre catarral ovina, ou língua azul, está a ter nos seus animais? No lugar da resposta, o homem dá um salto da viatura, olha para o relógio, e diz com gestos apressados: “Tenho de ir dar o biberon aos bichos.”

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