Quase metade da subida de juros do BCE fica por reflectir nos depósitos de particulares
Banca é mais rápida a ajustar subidas de juros no crédito do que nos depósitos para particulares. No caso das empresas, a remuneração dos depósitos reflecte quase na totalidade a política monetária.
A subida das taxas de juro decidida pelo Banco Central Europeu (BCE) reflecte-se mais rapidamente no crédito do que nos depósitos. O fenómeno é sentido pelas famílias com empréstimos contraídos e dinheiro depositado na banca, mas um estudo publicado recentemente pelo Banco de Portugal (BdP) demonstra qual a dimensão exacta desta discrepância: ao longo dos últimos 25 anos, por cada aumento de 100 pontos-base (ou um ponto percentual) nas taxas de juro directoras, verifica-se uma subida de apenas 59 pontos nos depósitos dirigidos aos clientes particulares e de 71 pontos nos empréstimos concedidos às famílias. Mas esta é uma diferença que só se verifica no caso dos particulares; no que diz respeito às empresas, os juros do BCE são reflectidos praticamente na totalidade tanto no crédito como nos depósitos.
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