A Vida Secreta dos Velhos ou o amor e o desejo depois dos 80

Sábado e domingo na Culturgest, Mohamed El Khatib mostra a vida íntima daqueles que são levados para instituições onde se sentem infantilizados. Agora, em palco, dizem o que lhes apetece.

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Mohamed El Khatib diz que “esta é uma das peças mais belas e comoventes” que já fez Yohanne Lamoulère
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Mohamed está em palco, acompanha o elenco de A Vida Secreta dos Velhos de guião na mão – não vá falhar-lhes a memória – e é chamado para tirar uma fotografia de grupo a este elenco de gente para lá dos 75 anos. Fotografam-se com uma urna, onde estarão as cinzas de Georges Mac Briar, actor com 101 anos que faleceu antes da estreia da peça. Foi Mac Briar, que queria muito fazer Shakespeare, quem propôs uma reescrita de Romeu e Julieta. Se entre Montéquios e Capuletos eram os pais dos dois adolescentes tomados por um amor desabrido a opor-se à sua relação, agora, dizem os intérpretes deste espectáculo, são os filhos que põem entraves aos seus amores tardios – mas nem por isso menos intensos.

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