Prisão preventiva para homem que tentou matar mulher em Penafiel com três tiros
A vítima conseguiu sobreviver e está internada nos cuidados intensivos. Homem ficou internado depois de tentativa de suicídio. Tentativa ocorreu na freguesia de Irivo.
Um homem de 55 anos suspeito de ter tentado matar a mulher com três disparos de arma de fogo, em Penafiel, no dia 12, vai aguardar julgamento em prisão preventiva, anunciou nesta quinta-feira a Polícia Judiciária (PJ).
O suspeito, que responderá por homicídio qualificado na forma tentada e violência doméstica, foi detido na quarta-feira por aquela autoridade policial, por mandado judicial, após ter recebido alta hospitalar. Segundo a PJ, o seu internamento ocorreu na sequência de tentativa de suicídio, com a ingestão de um produto tóxico.
Antes disso, terão ocorrido os ilícitos criminais, nomeadamente a tentativa de homicídio, seguindo-se a fuga do local do crime.
Em comunicado, a PJ refere que aqueles factos (homicídio tentado) ocorreram no exterior de um estabelecimento de restauração, na freguesia de Irivo, em contexto de violência doméstica.
Segundo a PJ, "o arguido surpreendeu e agrediu a vítima, sua mulher, com três disparos de arma de fogo, a curta distância, e forçou-a a ingerir um produto tóxico".
Refere também que a vítima conseguiu sobreviver e se encontra, desde então, internada em unidade de cuidados intensivos.
Num balanço feito nesta quarta-feira pelo Observatório de Mulheres Assassinadas da União de Mulheres Alternativa e Resposta – OMA-UMAR, a partir de notícias, conclui-se que, pelo menos, 25 mulheres foram assassinadas, 20 das quais vítimas de femicídio, entre 1 de Janeiro e 15 de Novembro deste ano. Destas mortes relacionadas com a violência de género, 16 ocorreram em contexto de intimidade, uma em contexto de violência sexual e três em contexto familiar.
O número de mulheres assassinadas é o mesmo do que o do ano passado, mas os femicídios foram mais e o recurso a arma de fogo também se tornou o método mais utilizado, ultrapassando as armas brancas, que dominaram o ano anterior.
O cenário não muda, de forma global: os agressores são quase sempre homens, a casa continua a ser o local onde ocorre a número mais elevado de crimes e, em várias situações, nos casos de femicídio, já havia violência prévia, conhecida das autoridades.