Duas depressões afectam norte e centro de Portugal nos próximos dias. Vento forte pode justificar aviso do IPMA
O Norte e centro de Portugal vão sentir chuva e vento forte entre a madrugada desta quinta-feira e a manhã de sexta-feira. No domingo, o IPMA pode emitir um aviso devido ao vento forte.
O Norte e centro de Portugal vão sentir chuva e vento forte entre a madrugada desta quinta-feira e a manhã de sexta-feira. A superfície frontal fria da depressão Caetano, que tem afectado Espanha e França, vai chegar a território nacional já “em dissipação”, explica Jorge Ponte, meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Por isso, o IPMA não irá emitir nenhum aviso. Já no domingo, os efeitos da depressão Beth, nomeada esta manhã pelo instituto de meteorologia irlandês, podem vir a justificar um aviso devido ao vento forte em Portugal continental.
O vento que será sentido durante o final desta quinta-feira e o início de sexta-feira será forte, mas “relativamente normal para esta altura do ano”, clarifica Jorge Ponte. Na faixa costeira, essencialmente a norte do rio Douro, as rajadas “poderão atingir aos 60km/h”; nas terras altas, o IPMA prevê que as rajadas possam atingir 75 a 80km/h. O IPMA emite avisos a partir dos 70km/h no litoral e 90km/h nas terras altas. Prevê-se precipitação, “mas nada de significativo”.
No sábado haverá uma “melhoria temporária”, sem precipitação na maior parte do território — “poderá chover pontualmente no Minho e Douro litoral”. Prevê-se uma intensificação do vento do quadrante sul, devido à aproximação de outra superfície frontal fria, desta vez associada à depressão Beth. “Domingo vai ser um dia bastante ventoso e já poderá haver emissão de aviso”, afirma Jorge Ponte. A precipitação pode ser forte entre a tarde de domingo e a manhã de segunda-feira, essencialmente no Norte e centro do país.
O meteorologista explica que, apesar de a depressão Caetano passar mais perto de Portugal, o raio de acção é menor. A depressão Beth representa um “um sistema bastante maior e mais cavado” e vai provocar “mais actividade” no território nacional.