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Com arranjos e amizade de Ivan Lins, Sofia Hoffmann canta o amor em seu novo disco
Em [In]Love, seu terceiro disco, a artista luso-alemã apresenta sete músicas de sua autoria e uma em parceria com Ivan Lins, que fez a melodia.
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Em seu terceiro disco, [In]Love, a cantora, compositora, tocadora de cítara e bióloga Sofia Hoffmann, 44 anos, muda de tom. Deixa a sonoridade que combinava o jazz, pop e música clássica indiana do disco Rebirth, feito durante a pandemia, para uma musicalidade mais jazzística, feita com arranjos de Ivan Lins. “O disco é reflexo de uma nova etapa, não só pessoal, mas também musical”, descreve.
Apesar de ser luso-alemã, Sofia diz ter uma forte influência brasileira. “Escuto bossa nova, o jazz brasileiro, desde os dois anos de idade. Sempre tive uma ligação muito forte com o Brasil”, relata. A responsabilidade é de uma tia brasileira, a que é muito chegada, e que mora em Portugal.
Sofia conheceu Ivan Lins em 2021, em um almoço na casa do músico português Rui Veloso. “Era uma despedida do John Beasley, um músico que já tinha recebido dois prêmios Grammy como melhor arranjador de jazz. Sentei ao lado do Ivan Lins e foi amizade à primeira vista. Ele é um poço de cultura”, afirma.
Um dos pontos em comum, que fortaleceu a amizade, foi que tanto Sofia quanto Ivan têm a mesma visão sobre a importância da música na sociedade. “Nós temos a consciência de que todas as grandes cerimônias sociais têm música, nos casamentos, nos funerais. É como se ajudássemos as pessoas a passar por isso”, ressalta.
A ideia de um disco com arranjos de Ivan Lins surgiu no ano passado. “Foi durante o verão. Eu propus e não sabia como ele ia responder. E ele aceitou imediatamente”, recorda.
Inicialmente, Sofia estava prevendo seis músicas suas. "Começamos a conversar e terminamos com oito temas. Um deles é um dueto, a música Sonho. O Ivan mandou a música e eu escrevi a letra”, acrescenta.
Vários amores
Para Sofia, o disco traz sua visão do mundo. “Apresento um espelho das formas como vejo o amor: o amor universal, espiritual, fraternal, a amizade, o amor pela natureza. Ele é perfeito e imperfeito ao mesmo tempo”, assinala.
Ela considera a canção que dá o nome ao disco, [In]Love, como uma ligação ao amor espiritual. “O amor espiritual engloba todos os tipos de amor. É o que o mundo está precisando agora. Estamos passando por uma transformação enorme, e a música convida a sermos gratos pelo que nós temos”, diz. Ela acredita que os artistas têm um papel nessa transformação. “É preciso que nós, artistas, façamos um trabalho que leve as pessoas a pensarem”, propõe.
Até agora, o plano é fazer dois concertos de Sofia com Ivan Lins em 2025, em Lisboa e no Porto, ainda sem datas definidas. “Mais concertos em Portugal dependerão da agenda do Ivan, que é muito complexa”, frisa. Quanto a se apresentar no Brasil, não falta vontade: “Seria um sonho.”
No disco, além de cantar, Sofia toca cítara. Ivan Lins está nos teclados e, na música Sonho, canta com Sofia. Cláudio César Ribeiro toca violão e guitarra elétrica, Chris Wells participa na bateria e percussão, Carlos Barreto, no contrabaixo, e Nuno Tavares, no piano e nos teclados.