Quatro anos depois, Alemanha chega às meias-finais da Taça Davis

Os germânicos vão decidir um lugar na final com os Países Baixos.

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Jan-Lennard Struff em acção JORGE ZAPATA / EPA
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A Alemanha, vencedora da Taça Davis em três ocasiões, entre 1988 e 1993, está de volta às meias-finais da competição após um interregno de quatro anos. Os alemães eliminaram o Canadá, ao ganharem os dois singulares, mas qualquer dos dois encontros, de duas horas cada, poderia ter caído para o lado contrário.

No encontro entre duas selecções órfãs dos seus melhores representantes no ranking mundial, o alemão Alexander Zverev (2.º) e o canadiano Felix Auger-Aliassime (29.º), a incerteza quanto ao futuro adversário dos Países Baixos esteve presente até ao último ponto.

A Alemanha adiantou-se através de Daniel Altmaier (88.º), que derrotou Gabriel Diallo (86.º), com os parciais de 7-6 (7/5), 6-4. Embora tenha cedido um break no set inicial, Altmaier ganhou vantagem ao vencer o tie-break, o qual liderou por 5/0. Mas só quando recuperou de 15-40 no derradeiro jogo é que o tenista alemão terminou com as esperanças de Diallo.

“Havia muitos nervos. Disse-o ao meu capitão de manhã, quando estava a aquecer, e fui muito sincero a falar sobre isso o que me ajudou muito a entrar no jogo e a aceitar o que estava a sentir", afirmou Altmaier que também confessou a emoção da véspera, ao assistir à despedida de Rafael Nadal. “Tínhamos lágrimas nos olhos quando vimos as imagens. Tenho o visto jogar desde criança, por isso foi algo de super-emocional, super-memorável”, acrescentou.

A seguir, Jan-Lennard Struff (43.º) conseguiu levar de vencida Denis Shapovalov (56.º), autor de 27 ases, mas incapaz de evitar a derrota, por 4-6, 7-5 e 7-6 (7/5). “Penso que ambos merecíamos ganhar, mas estou contente por ter sido eu a vencer em cima da meta. Denis jogou de forma espantosa, a disparar e a servir muito bem durante todo o encontro, foi muito difícil responder. Até no tie-break, conseguiu alguns winners. Foi muito equilibrado”, resumiu Struff, que, em 2017, somou dois dos três pontos necessários à vitória sobre Portugal, no play-off de acesso ao Grupo Mundial.

O Palacio de Deportes José Martín Carpena foi também palco da Billie Jean King Cup que sagrou a Itália campeã pela quinta vez – e primeira desde 2013. O triunfo das italianas na final, sobre a Eslováquia, começou a desenhar-se com Lucia Bronzetti (78.ª no ranking WTA) a superar a ex-top 50, Viktoria Hruncakova (238.ª), por 6-2, 6-4, e ficou confirmado através de Jasmine Paolini (4.ª), que derrotou Rebecca Sramkova (43.ª), por 6-2, 6-1.

A Itália é a sexta selecção com cinco ou mais títulos na prova, atrás dos EUA (18 títulos), República Checa (11) e Austrália (7). Da equipa vencedora fez parte também Sara Errani, que esteve em todos os títulos excepto no primeiro, em 2006.

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