Máquinas de ler o mundo: a grande exposição de Francisco Tropa em Serralves
Serralves mostra a operação mágica, poética e material de um artista notável. Um jogo feito de perguntas sobre o mundo.
Francisco Tropa (Lisboa, 1968) detém uma obra cuja singularidade se destaca pela capacidade de criar um universo em que arte, ciência, cultura e filosofia se misturam numa unidade muito própria. Na língua que tem vindo a inventar ao longos dos anos não existe o predomínio de nenhuma disciplina: usa indistintamente escultura, desenho, performance, gravura, fotografia e imagem em movimento e as suas referências estendem-se dos antigos aos modernos, fazendo coincidir num mesmo objecto arte, ciência e metafísica. O seu interesse não é intelectual, artístico ou poético: usa essas ferramentas para enfrentar simbolicamente o tempo, a existência do mundo e os permanentes processos de transformação a que tudo está sujeito.
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