Estados Unidos reconhecem Edmundo González como Presidente-eleito da Venezuela
“O povo venezuelano pronunciou-se inequivocamente a 28 de Julho”, escreveu o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, na rede social X, referindo-se a González como “Presidente-eleito”.
O chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, referiu-se na terça-feira a Edmundo González como o "Presidente-eleito" da Venezuela, sinalizando a intenção de Washington de aumentar a pressão sobre Nicolás Maduro.
Os Estados Unidos acusam Maduro de fraude nas eleições presidenciais de 28 de Julho, que as autoridades eleitorais e a mais alta instância judicial da Venezuela dizem que o actual Presidente venceu. A oposição, no entanto, afirma que os resultados recolhidos pelos seus observadores dão uma vitória clara a González.
"O povo venezuelano pronunciou-se inequivocamente a 28 de Julho e fez de @EdmundoGU o Presidente-eleito", escreveu Blinken na rede social X, a partir do Rio de Janeiro, à margem da cimeira do G20, mencionando a conta de González naquela plataforma. "A democracia exige o respeito pela vontade dos eleitores", acrescentou.
É a primeira vez que a Administração Biden se refere a González como Presidente-eleito. Em 2019, a então Administração Trump tinha reconhecido Juan Guaido como Presidente interino da Venezuela, na sequência de eleições realizadas em 2018 que Washington também considerou terem sido manipuladas.
González, de 75 anos, partiu para Espanha em Setembro depois de a Venezuela ter emitido um mandado de captura em seu nome, mas afirma que pretende regressar ao seu país a 10 de Janeiro para tomar posse como Presidente.
"Estamos profundamente gratos pelo reconhecimento da vontade soberana de todos os venezuelanos", respondeu González na rede social X. "Este gesto honra o desejo de mudança do nosso povo e o acto cívico em que todos participámos a 28 de Julho."