Elvis Guerra, poeta muxe de Juchitán, defende o direito de sonhar

Com o livro de poesia Ramonera, uma edição bilingue em língua zapoteca e castelhano, Elvis Guerra dá voz “a todas las muxes de Juchitán”. Esteve a lançá-lo em Óbidos.

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Elvis Guerra durante os dias que esteve em Portugal a lançar Ramonera Fotografia cedida por Elvis Guerra
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“O amor na comunidade muxe toca-se com pinças”, contou o poeta e tradutor Elvis Guerra, que nasceu em Juchitán de Zaragoza, em Oaxaca, no México, em 1993. Foi na Livraria de Santiago, em Óbidos, durante o festival Folio, que lançou o seu mais recente livro, Ramonera, uma edição bilingue em língua zapoteca e castelhano, ainda sem tradução portuguesa, e que dedica “a todas las muxes de Juchitán” — e em especial a Adriana, assassinada em 2009. “Foi-nos negado o direito de amar”, disse Elvis Guerra referindo-se à comunidade de pessoas não-binárias, o terceiro sexo da cultura zapoteca, de que faz parte. “Acredito que tenho o direito de continuar a sonhar e de motivar os outros a continuar a sonhar.”

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