Lucros da TAP caíram para 117,8 milhões de euros no terceiro trimestre do ano

Nos primeiros nove meses do ano, a TAP transportou um total de 12,3 milhões de passageiros, um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior, atingindo 95% dos valores alcançados em 2019.

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O resultado líquido da TAP no terceiro trimestre do ano caiu 62,8 milhões de euros relativamente ao mesmo período de 2023 Miguel Manso
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Os lucros da TAP caíram para 117,8 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, em comparação com o período homólogo, devido ao impacto das perdas cambiais, anunciou a empresa.

Segundo a companhia aérea, o resultado líquido do terceiro trimestre do ano caiu 62,8 milhões de euros relativamente ao mesmo período do ano passado, apesar de ter melhorado em 116,6 milhões de euros quando se compara com o terceiro trimestre de 2019, antes da pandemia.

O EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) recorrente totalizou 372 milhões de euros no terceiro trimestre do ano, o que representa uma queda de 18,7 milhões de euros (-4,8%) em comparação com o período homólogo.

Quanto aos resultados acumulados a 30 de Setembro, nos primeiros nove meses do ano a TAP transportou um total de 12,3 milhões de passageiros, um aumento de 1,5% em relação ao ano anterior, atingindo 95% dos valores alcançados em 2019 (pré-pandemia). O número total de voos operados diminuiu em 1,1% comparativamente com período homólogo, atingindo 87% dos níveis pré-crise.

A companhia aérea refere ainda que, nos primeiros nove meses do ano, as receitas operacionais chegaram aos 3.252,6 milhões de euros, um aumento de 2,8% face ao período homólogo e de 30,6% face aos primeiros nove meses de 2019.

Relativamente ao período homólogo, o número de passageiros transportados no terceiro trimestre deste ano aumentou em 1,3%, enquanto o número de voos operados diminuiu em 1,9%. Comparando com os valores pré-crise de 2019 (3T19), o número de passageiros atingiu 91% e os voos operados 84%.

As receitas operacionais totalizaram 1.284,1 milhões de euros, aumentando em 2% em comparação com o período homólogo, atingindo 123% das receitas operacionais do terceiro trimestre do ano antes da pandemia (2019).

Já as receitas de passagens registaram um aumento de 6,2 milhões (+0,5%) face ao período homólogo, atingindo 1.187,5 milhões de euros.

As receitas de manutenção cresceram 15,8 milhões (+48,0%) face ao terceiro trimestre do ano passado, atingindo os 48,7 milhões de euros, devido maioritariamente ao aumento da actividade da oficina de motores.

As receitas de Carga e Correio subiram 3,3 milhões no terceiro trimestre do ano, para 41,3 milhões de euros, registando um aumento de 8,6% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os custos operacionais recorrentes chegaram aos 1045,5 milhões de euros, um aumento de 6,4%, ou de 63,3 milhões em comparação com o período homólogo, uma variação que resulta principalmente do aumento dos custos com o pessoal (+44,9 milhões de euros ou 26,3%) devido aos novos acordos de empresa — que produziram efeito apenas no quarto trimestre de 2023, exceptuando o acordo com os pilotos, que entrou em vigor no terceiro trimestre do ano passado — e do aumento das depreciações e amortizações (+19 milhões de euros ou 16,6%).

Estes aumentos foram parcialmente contrabalançados pelo decréscimo dos custos operacionais de tráfego (-19,7 milhões de euros ou 7,4%).