Fotógrafo brasileiro teve 4,5 mil euros em equipamentos roubados em restaurante

Pablo Carvalho diz que sua mochila, com todos instrumentos de trabalho, sumiu em questão de segundos. Ele registrou queixa na polícia. Familiares no Brasil fazem rifa para a ajudá-lo.

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O fotógrafo Pablo Carvalho teve os equipamentos de trabalho roubados em um restaurante no Chiado. A família dele no Brasil está fazendo uma rifa para ajudá-lo Arquivo pessoal
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O fotógrafo e videomaker Pablo Félix de Carvalho, 29 anos, está devastado. Na última quarta-feira (13/11), ele teve todo o equipamento de trabalho furtado em um restaurante no Chiado, zona central de Lisboa. O mineiro de Belo Horizonte havia recém-chegado ao estabelecimento, que o havia contratado para uma sessão de fotos, quando, em questão de segundos, a mochila que ele tinha deixado em cima de um banco desapareceu. “São pelo menos 4,5 mil euros (R$ 28 mil) em equipamentos”, diz ele.

Pablo, que tem formação em gastronomia, mas acabou migrando para a fotografia e para a produção de vídeos, registrou o caso na delegacia da Polícia de Segurança Pública (PSP) da Baixa do Chiado, documento ao qual o PÚBLICO Brasil teve acesso. Ele tinha esperança de que, com a ajuda dos agentes, conseguiria reaver seu material de trabalho: uma câmara fotográfica, lentes, um computador, um iPad, um estabilizador de imagem e outros itens fundamentais para a atividade profissional.

“Me roubaram mais do que equipamentos, roubaram minha liberdade de exercer meu trabalho e minha segunda chance em uma profissão que me traz alegria”, afirma. O mineiro está em Portugal desde 2018. Trabalhou com gastronomia e numa empresa de tecnologia, até que viu na fotografia e no audiovisual o que realmente gosta de fazer. “A minha formação em gastronomia, por sinal, tem sido fundamental para o meu atual trabalho, sempre com fotografias e vídeos de restaurantes”, conta.

Quadrilha especializada

Na mochila, estava um drive com todas as fotos e vídeos dos recentes trabalhos realizados pelo brasileiro. “Infelizmente, não terei como entregá-los e não vou receber por eles. Mais prejuízos”, ressalta. Para ele, há uma quadrilha especializada em roubar equipamentos eletrônicos no centro de Lisboa como forma de revendê-los depois. “Ainda consegui rastrear meu iPad por uns dias, mas não foi possível resgatá-lo”, assinala. “Essa quadrilha, muito provavelmente, desbloqueia os aparelhos e os revende”, emenda.

O fotógrafo está contando com a solidariedade de familiares no Brasil para recomprar o que for possível de equipamento para sair de casa e trabalhar. “Eles estão fazendo uma rifa. Todo o dinheiro arrecadado será destinado para recompor o que me roubaram”, afirma. Ele também está contando com o apoio de amigos. “Sem equipamentos, não consigo trabalho. Não posso ficar tanto tempo parado”, enfatiza. “Estou em contato direto com a PSP para o caso de os policiais encontrarem o que é meu de direito”, diz.

A dona do restaurante onde os instrumentos de trabalho de Pablo sumiram também tem ajudado o fotógrafo. “Ela me conhece há um bom tempo, e tem me dado suporte”, frisa. “Mas o que realmente preciso, agora, é de meus equipamentos. Foi uma luta para comprá-los, para que eu conseguisse um espaço no mercado. De início, fazia fotografias e vídeos de graça. Aos poucos, a qualidade do meu trabalho foi sendo reconhecida e montei uma boa carteira de clientes. Não posso abrir mão dessa conquista”, reforça.

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