Em Gaza, mata-se o equivalente “a uma sala de aulas cheia de crianças” por dia
Foi a narrativa da “desumanização” que “fez do intolerável tolerável”, diz Marta Lorenzo, directora na Europa da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos em entrevista ao PÚBLICO.
Para Marta Lorenzo, “o maior fracasso” é as pessoas estarem “a morrer agora mesmo no Norte de Gaza porque não somos capazes de lhes garantir a ajuda de que necessitam e todos somos responsáveis por isso”. No imediato, o importante é salvar estas pessoas, as crianças que, antes da guerra, recebiam a melhor educação disponível graças à Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos. No futuro, as perguntas serão muitas. Por exemplo, o que é que a ONU vai fazer com Israel, “um Estado membro que rejeita a Carta das Nações Unidas, as decisões do Tribunal Internacional de Justiça, as leis humanitárias internacionais?”.
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