Ataque israelita em Beirute mata porta-voz do Hezbollah

Bombardeamento atingiu o bairro de Ras al-Nabaa, onde muitas pessoas procuraram refúgio dos ataques de Israel nos subúrbios da capital libanesa.

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O edifício destruído pelo ataque israelita em Beirute WAEL HAMZEH / EPA
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Um ataque israelita a um edifício num bairro densamente povoado de Beirute matou este domingo o principal porta-voz do Hezbollah, Mohammad Afif, disseram à Reuters duas fontes de segurança libanesas, embora não tenha havido confirmação imediata por parte do Hezbollah.

O ataque atingiu o bairro de Ras al-Nabaa, onde muitas pessoas deslocadas dos subúrbios do Sul de Beirute pelos bombardeamentos israelitas se tinham refugiado.

As fontes de segurança afirmaram que o ataque atingiu um edifício onde se encontram os escritórios do Partido Ba'ath, e o líder do partido no Líbano, Ali Hijazi, disse à emissora libanesa Al-Jadeed que Afif estava no edifício.

Mais tarde, a emissora também afirmou que Afif havia sido morto, mostrando imagens de um prédio cujos andares superiores tinham desabado sobre o primeiro andar, com trabalhadores da defesa civil no local.

Segundo o Ministério da Saúde libanês, o ataque causou um morto e três feridos. Ouviram-se ambulâncias a acorrer ao local e disparos de armas de fogo para impedir que os civis se aproximassem do local.

Afif foi durante muito tempo conselheiro para os media do antigo secretário-geral do Hezbollah, Hassan Nasrallah, que foi morto num ataque aéreo israelita nos subúrbios do Sul de Beirute em 27 de Setembro.

Dirigiu a estação de televisão Al-Manar do Hezbollah durante vários anos antes de assumir a direcção do gabinete de relações com os meios de comunicação do grupo apoiado pelo Irão.

Afif organizou várias conferências de imprensa no meio dos escombros nos subúrbios do sul da capital libanesa. Nos seus últimos comentários aos jornalistas, a 11 de Novembro, afirmou que a tropa israelita não tinha conseguido ocupar qualquer território no Líbano e que o Hezbollah dispunha de armas e abastecimentos suficientes para travar uma “longa guerra”.