Tribunal mantém absolvição de ex-autarca Miguel Alves

Foi confirmada, pelo Tribunal de Viana do Castelo, a absolvição do ex-presidente da Câmara de Caminha, Miguel Alves, e da empresária Manuela Sousa, acusados do crime de prevarização.

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Ex-autarca Miguel Alves foi secretário de Estado Adjunto do governo de António Costa ANTÓNIO COTRIM
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O Tribunal de Viana do Castelo voltou, esta sexta-feira, a absolver o ex-presidente da Câmara de Caminha Miguel Alves e a empresária Manuela Sousa do crime de prevaricação, após a correcção de um "pormenor" na primeira decisão proferida em Fevereiro.

Após recurso do Ministério Público (MP), em final de Setembro, o Tribunal da Relação de Guimarães (TRG) anulou o primeiro acórdão do Tribunal de Viana do Castelo que, em 15 de Fevereiro, absolveu o antigo autarca, - que se demitiu do cargo de secretário de Estado Adjunto do então primeiro-ministro António Costa após saber da acusação - e Manuela Sousa, de prevaricação, crime alegadamente cometido na contratação de serviços de assessoria de comunicação para o município a sociedades detidas pela empresária "sem qualquer procedimento de contratação pública".

Os juízes desembargadores ordenaram à primeira instância que corrigisse uma nulidade e proferisse nova decisão.

O tribunal considerou não haver necessidade de repetir produção de prova e hoje corrigiu a nulidade apontada pelo TRG, dando como não provado um ponto da acusação referente a valores cobrados (3000 euros + IVA) por uma das sociedades de Manuela Sousa à autarquia, por serviços de assessoria de comunicação prestados em Julho de 2014.

No final da sessão, que demorou cinco minutos, o ex-presidente da Câmara de Caminha Miguel Alves manifestou-se "muito satisfeito" por ser "a segunda vez" que ouve a mesma sentença.