Pelo menos 43 mortos em ataques israelitas no Líbano

Num outro ataque dos militares israelitas contra o bairro de Al Shaab, também em Baalbek, morreram pelo menos oito pessoas e há registo de 29 feridos, acrescentou o Ministério.

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WAEL HAMZEH / EPA
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Pelo menos 43 pessoas morreram hoje e dezenas ficaram feridas no Líbano, após uma série de ataques israelitas contra várias zonas do país, incluindo dois centros da Protecção Civil, afirmou o Governo libanês.

O ataque mais mortífero relatado pelas autoridades libanesas ocorreu na província de Baalbek, no leste do Líbano, onde pelo menos 12 pessoas foram mortas, disse o governador provincial, Bachir Khodr, na rede social X.

O Ministério da Saúde Pública libanês acrescentou, na mesma rede, que pelo menos uma pessoa ficou ferida e condenou o “ataque bárbaro” e a “violência desenfreada” no segundo ataque israelita contra um centro de saúde afiliado ao Estado libanês “em menos de duas horas”.

Pelo menos oito pessoas foram mortas num outro ataque dos militares israelitas contra o bairro de Al Shaab, também em Baalbek, ferindo ainda 29 pessoas, acrescentou o Ministério.

As forças israelitas mataram seis pessoas, incluindo quatro paramédicos, quando atacaram um posto da Agência Islâmica de Saúde e Protecção Civil, ligada ao movimento xiita pró-iraniano libanês Hezbollah, na cidade de Arab Salim, no sul do país, indicou.

Além destes três ataques, o Governo libanês anunciou quase uma dezena de ataques que causaram mortes em outros pontos do país, elevando para 43 o número total de vítimas mortais registadas nas últimas horas.

Um dos ataques fez dois mortos na cidade de Shamstar, enquanto pelo menos três pessoas foram mortas e quatro ficaram feridas em Tamnine al Tahta.

O Ministério registou ainda mortes e feridos em mais sete cidades: Sareen al Tahta, Al Bazoorba, Hanawiyya, Aytit, Qana, Al Bayyadh e Shihin.

Em mais de um ano de conflito, pelo menos 3386 pessoas morreram no Líbano e outras 14.417 ficaram feridas, de acordo com o mais recente balanço do Governo libanês, feito antes dos ataques desta madrugada.

As trocas de ofensivas entre Israel e o Hezbollah começaram após 7 de Outubro de 2023, data em que Israel declarou guerra ao Hamas na Faixa de Gaza para erradicar o movimento islamita palestiniano, horas depois de este ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando cerca de 1200 pessoas, na maioria civis.

O Hamas fez também nesse dia 251 reféns, 97 dos quais continuam em cativeiro, 34 deles entretanto declarados mortos pelo Exército israelita.

A guerra fez até agora na Faixa de Gaza 43.736 mortos (quase 2% da população), de acordo com dados das autoridades locais, que a ONU considera fidedignos.