Medicina aiurvédica: há milhares de anos a envenenar pessoas com metais pesados

A ideia de uma medicina “natural”, supostamente com menos riscos, é largamente enganadora. A tradição não garante ausência de perigos, em especial quando eles têm um efeito cumulativo e não imediato.

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Farmácia aiurvédica na cidade de Rishikesh, no Norte da Índia Ken Wieland/Wikipédia
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A medicina aiurvédica é uma prática tradicional, com origem na Índia, que se tornou popular em vários sítios do globo. Em Portugal ela faz parte dos conteúdos da licenciatura em Naturopatia, definidos na Portaria n.º 172-F/2015, um dos muitos tijolos da absurda construção legislativa que enquadra as terapias alternativas em Portugal. Os remédios aiurvédicos não precisam de provas de eficácia e segurança para estarem no mercado, ao contrário dos medicamentos a sério. Porém, as preparações aiurvédicas estão longe de ser inócuas, pois com frequência contêm metais pesados que podem causar graves danos à saúde, como lhe irei contar, neste texto que faz parte da série “Como perder amigos rapidamente” (um livro meu com o mesmo título acabou de chegar às livrarias, com textos aqui publicados, em versões desenvolvidas, e outros novos).

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