Depois da Casa Branca e do Senado, republicanos garantem Câmara dos Representantes

Partido Republicano chega aos 218 eleitos que asseguram a maioria na câmara baixa. Marco Rubio confirmado como escolha de Trump para secretário de Estado.

Foto
Trump e Rubio durante a campanha para as presidenciais Jonathan Drake / REUTERS
Ouça este artigo
00:00
02:34

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

Uma vitória no Arizona, outra na Califórnia: mais de uma semana depois das eleições presidenciais de 5 de Novembro, os republicanos conquistaram lugares suficientes para garantir o controlo da Câmara dos Representantes, com 218 eleitos num total de 435 membros. Depois da eleição de Donald Trump e da reconquista da maioria no Senado, o partido põe assim fim às esperanças dos democratas de que uma maioria na câmara baixa do Congresso pudesse servir para bloquear a agenda do próximo Presidente.

Trump, por seu turno, tem agora espaço de manobra para avançar com muitas das suas promessas, incluindo mudanças no sistema de imigração que lhe permitam deportar milhões de imigrantes que entraram de forma irregular nos Estados Unidos ou uma nova reforma fiscal que visa promover uma descida acentuada dos impostos das empresas e aplicar cortes significativos nas despesas do Estado, assim como, lembra a Associated Press, “punir os seus inimigos políticos”.

Horas antes da confirmação da maioria na Câmara dos Representantes, na quarta-feira à noite (madrugada de quinta-feira em Portugal), Trump reuniu os congressistas republicanos num hotel de Washington, marcando o seu regresso à cidade desde a eleição, antes de ser recebido na Casa Branca pelo Presidente Joe Biden.

“É bom ganhar. É sempre bom ganhar. Muitos bons amigos nesta sala”, disse aos congressistas. “Tivemos números históricos, especialmente para a presidência Presidente, mas não vamos falar disso”, acrescentou, sorridente. “Mas a Câmara saiu-se muito bem.”

Trump lembrou o facto de ter ser o segundo chefe de Estado eleito para mandatos não consecutivos, descrevendo a votação da semana passada como “a eleição mais importante em 129 anos”.

“Suspeito que não voltarei a candidatar-me, a não ser que digam: 'Ele é bom, temos de arranjar qualquer coisa”, disse o Presidente eleito – de imediato, segundo a imprensa norte-americana, vários congressistas asseguraram aos jornalistas que se tratava de uma piada, já que a Constituição determina que ninguém pode ser presidente por mais de dois mandatos.

Presente neste encontro esteve também o empresário Elon Musk, que Trump nomeara, entretanto, em conjunto com o antigo candidato à nomeação presidencial republicana Vivek Ramashwawy, para liderar o futuro Departamento de Eficiência Governamental, que terá a cargo o redesenho do governo federal e a redução de custos.

Nas últimas horas, Trump confirmou ainda a nomeação de Marco Rubio como seu secretário de Estado, referindo-se ao antigo rival como “um líder altamente respeitado e uma voz muito poderosa pela liberdade”. Num comunicado divulgado logo depois do anúncio, o senador da Florida afirmou-se honrado com a confiança do Presidente eleito e disse que trabalhará todos os dias “para realizar a sua agenda de política externa”.

Sugerir correcção
Ler 12 comentários