Liga das Nações: Roberto Martínez quer qualificação frente a Polónia de ataque
Seleccionador de Portugal lembra que perdeu quatro elementos importantes para o fecho da fase de grupos, mas acredita em triunfos no Dragão e na Croácia.
Depois do nulo de Glasgow, frente à Escócia — primeiro percalço da era Martínez em fases de qualificação —, a protelar o apuramento da selecção portuguesa para os quartos-de-final da Liga das Nações, o seleccionador nacional tem, amanhã à noite (19h45, RTP1), no Estádio do Dragão, no Porto, frente à Polónia, nova oportunidade para se juntar a Alemanha e Espanha, precisando apenas de um ponto para seguir em frente.
Apesar da nota de pragmatismo sempre indispensável no futebol, não é de um empate que Portugal e os portugueses estão à espera... é, antes, de um triunfo inequívoco, capaz de consolidar ou definir o estatuto de líder do Grupo A1, que integra ainda a Croácia, vice-líder e último obstáculo desta fase (dia 18, em Split).
Refira-se que os quatro vencedores dos grupos da Liga A assumirão o papel de “cabeças-de-série” no sorteio de Nyon, na Suíça, agendado para o próximo dia 22.
Na Polónia, há sensivelmente um mês, Portugal impôs-se de forma categórica, vencendo por 1-3 (quebrou, aliás, a invencibilidade de dois anos dos locais em solo polaco) o conjunto de Robert Lewandowski, uma das três baixas de Michal Probierz para a partida do Dragão.
Uma ausência de vulto, mas que não impede o seleccionador polaco de enfatizar a ambição, mentalidade e atitude de um grupo disposto a jogar ao ataque e assumir riscos que Portugal poderá explorar num jogo que ameaça empurrar a Polónia para o “play-off” de permanência.
Roberto Martínez, que foi obrigado a dispensar os médios Pedro Gonçalves, Matheus Nunes e João Palhinha, para além de não ter podido contar com os defesas-centrais Ruben Dias e Gonçalo Inácio, sabe que Przemyslaw Frankowski é, a par de Lewandowski, uma baixa relevante. Michael Ameyaw foi igualmente “riscado” do lote de convocados de uma equipa de valor insuspeito, fisicamente forte e especialmente perigosa em lances de bola parada, que Roberto Martínez espera ao mesmo nível da que defrontou em Varsóvia.
“O seleccionador da Polónia já utilizou seis pontas-de-lança, pelo que quem substituir Lewandowski estará familiarizado e preparado. A Polónia é, de resto, uma selecção que gosta de assumir riscos, gosta de jogar ao ataque. À excepção da partida na Croácia, os jogos da Polónia tiveram todos quatro ou mais golos", sublinhou Martínez, satisfeito com a energia do grupo, com os jovens que podem ajudar a projectar o próximo Mundial, mas também apreensivo face às baixas.
"Perdemos quatro jogadores importantes em relação à última concentração. Mas a estrutura e a ideia de jogo não mudará. Por isso, estaremos preparados para conseguir a vitória e a qualificação", afirmou, o que permitirá atacar o jogo de Split com o objectivo de somar o máximo de pontos nestes dois últimos compromissos da fase de grupos.