Novo director-geral das prisões esteve seis anos em Vale de Judeus

Orlando Carvalho tem 64 anos e estava agora à frente do estabelecimento prisional de Coimbra.

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Prisão de Vale de Judeus de onde fugiram cinco reclusos em Setembro Rui Gaudêncio
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As prisões já têm um novo director-geral. Será Orlando Carvalho, anunciou a ministra da Justiça, nesta quarta-feira, no Parlamento, durante o debate do Orçamento para 2025 na especialidade. Recorde-se que o anterior director-geral das prisões Rui Abrunhosa Gonçalves se demitiu a 10 de Setembro na sequência da fuga de Vale de Judeus, tendo apontado também responsabilidades pelo sucedido aos guardas prisionais que estavam ao serviço no dia 7 de Setembro.

Com 64 anos, Orlando Carvalho estava até agora à frente da cadeia de Coimbra, tendo já dirigido vários estabelecimentos prisionais — incluindo Vale de Judeus, que liderou durante seis anos, entre 2007 e 2013. Daqui fugiram cinco reclusos de elevada perigosidade em Setembro, só tendo até agora sido capturado um deles, Fábio Loureiro, que se encontra em Marrocos e que aguarda a extradição para Portugal.

Muito se falou da falta de condições de segurança daquela prisão, que motivou o pedido de duas auditorias por parte da ministra da Justiça, incluindo uma aos sistemas de segurança de todos os 49 estabelecimentos prisionais do país.

Para número dois da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais foi escolhido Paulo Rio, que até aqui integrava a direcção da prisão do Funchal.

Licenciado em Serviço Social pelo Instituto Superior de Serviço Social de Coimbra, Orlando Carvalho tem uma pós-graduação em Criminologia pela Faculdade de Psicologia da Universidade do Porto, tendo sido também assessor de reeducação da Direcção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais.

O início de funções dos novos responsáveis aguarda a oficialização das nomeações, sendo que a do director-geral depende de um despacho conjunto do primeiro-ministro e da ministra da Justiça, esclareceu o gabinete de Rita Alarcão Júdice à Lusa.

Na altura da fuga, a ministra disse que a recuperação da confiança exigiria “responsabilização a vários níveis”. Rita Júdice aceitou o pedido de demissão que lhe foi endereçado pelo director-geral, Rui Abrunhosa Gonçalves, e pelo subdirector que detinha o pelouro dos estabelecimentos prisionais, Pedro Veiga Santos, e nomeou então para o cargo máximo daquela estrutura, em regime de substituição, a subdirectora-geral, Maria Isabel Leitão.

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