Detido foge de carrinha da PSP em Lisboa antes de entrar em tribunal
Suspeito tem nacionalidade argelina e seria presente a juiz no âmbito de mandado de detenção europeu por fogo posto na Alemanha. Libertou-se das algemas e fugiu no momento em que saía da carrinha.
Um detido fugiu na manhã desta terça-feira, 12 de Novembro, no momento em que era transportado pela Polícia de Segurança Pública (PSP), confirmou o PÚBLICO após a notícia avançada pelo Correio da Manhã. O suspeito ter-se-á libertado das algemas durante o percurso até ao Tribunal da Relação de Lisboa, na Praça do Município.
Fonte da PSP detalhou à agência Lusa que o suspeito é um cidadão argelino de 36 anos, detido no domingo na zona das partidas do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, ao abrigo de um mandado de detenção europeu emitido pelas autoridades alemãs. Em causa está o crime de fogo posto.
A mesma fonte explicou que, quando se abriram as portas da carrinha da PSP, na qual estava a ser transportado para o tribunal, o recluso conseguiu escapar e ter-se-á livrado das algemas, fugindo pelas ruas da Baixa de Lisboa.
A polícia está "a efectuar diligências" neste momento para encontrar o recluso argelino. A PSP confirmou, entretanto, que o suspeito foi avistado pela última vez junto à zona do Chiado, na Rua Vítor Cordon.
Em comunicado, a PSP confirmou que a evasão aconteceu às 10h20. Os agentes que transportavam o detido "foram surpreendidos pelo mesmo ao abrirem a porta da viatura policial de transporte de detidos": o homem começou a fugir e libertou-se da algema de um dos pulsos durante o trajecto de fuga. O detido "foi de imediato perseguido pelos polícias que se encontravam no local", indica o comunicado, mas sem sucesso.
A informação sobre a fuga já foi disseminada por todas as subunidades do Comando Metropolitano de Lisboa através do Centro de Comando e Controlo Operacional. Todas as forças de segurança também já foram notificadas da fuga. O comunicado apela à "calma, tranquilidade e confiança na PSP", que entretanto abriu um inquérito interno para apurar as circunstâncias desta ocorrência.
O PÚBLICO questionou o Ministério da Administração Interna sobre o sucedido, mas até à data não obteve resposta.