Autarca de Braga admite barreiras em algumas vias para impedir atravessamento de peões

Um estudo indica que em Braga há um atropelamento a cada três dias e oposição apelou para que se tomem medidas para minimizar o problema

Foto
Há uma "preocupação muito grande" com os atropelamentos na cidade de Braga Miguel Manso
Ouça este artigo
00:00
01:41

Exclusivo Gostaria de Ouvir? Assine já

O presidente da Câmara de Braga admitiu que poderão ser colocadas barreiras em algumas vias da cidade para impedir o atravessamento de peões, mas sublinhou que a maioria dos atropelamentos que têm ocorrido são da responsabilidade dos envolvidos. Falando na reunião quinzenal do executivo, na sequência de uma interpelação do PS, Ricardo Rio assegurou que o município vai continuar a utilizar "os meios que tem ao seu alcance" para tentar travar aquelas ocorrências, sendo a colocação de barreiras uma das hipóteses.

"Se calhar, temos de fazer barreiras que impeçam os atravessamentos, pode ser uma medida. Mas há situações que nunca ficarão resolvidas se não houver consciência dos condutores e dos peões", referiu. Na sexta-feira, um estudante foi atropelado mortalmente na Avenida da Imaculada Conceição, em Braga, quando atravessava a via fora da passadeira.

Esta terça-feira, o PS levou o assunto a reunião de Câmara, aludindo a um estudo que diz que em Braga há um atropelamento a cada três dias e apelando para que se tomem medidas para minimizar o problema. "É preciso pensar a mobilidade suave, criando condições para que toda a gente se sinta segura quando anda a pé na cidade", advogou o vereador socialista Ricardo Sousa. Da mesma forma, o vereador da CDU, Nuno Reininho, deu conta da "preocupação muito grande" com os atropelamentos na cidade e sugeriu medidas como a colocação de passadeiras e a implementação de medidas de redução da velocidade em vias estruturantes.

O presidente da Câmara disse que a implementação do metrobus (BRT) vai "condicionar a velocidade e criar regras" para circulação nas áreas centrais da cidade, mas reiterou que condutores e peões terão sempre a palavra mais importante. "Com muito poucas excepções, a responsabilidade está directamente nas partes envolvidas", afirmou Ricardo Rio.