Portugueses usaram 13 sacos de plástico por pessoa em 2022, a média europeia é de 66

Portugal reduziu o consumo de plástico em 2021, mas aumentou em 2022. Segundo o Eurostat, é o terceiro país da UE com menor uso de sacos de plástico em 2022, ficando atrás da Bélgica e da Polónia.

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Todos os países da UE têm em vigor medidas de redução do consumo para não exceder os 40 sacos por pessoa até 31 de Dezembro de 2025 Adriano Miranda
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Em 2022, Portugal foi o terceiro Estado-membro da União Europeia (UE) com menor consumo de sacos de plástico, numa média de 13 por pessoa, contra 66,6 no conjunto europeu, uma diminuição face ao ano homólogo anterior.

Dados publicados nesta terça-feira pelo gabinete estatístico da UE, o Eurostat, revelam que, em 2022 (ano com dados mais recentes), cada pessoa que vive no espaço comunitário consumiu, em média, 66,6 sacos de plástico leves. Ainda assim, isto representou uma diminuição de 10,8 sacos (-14 %) por pessoa em comparação com 2021. A União Europeia tem apresentado uma diminuição do consumo todos os anos desde 2018.

Ao todo, foram consumidos 29,8 mil milhões de sacos de plástico leves em toda a UE em 2022, o que representa uma diminuição de 4,7 mil milhões de sacos em relação a 2021, de acordo com o Eurostat.

Por Estado-membro, entre aqueles para os quais existem dados disponíveis (26 de 27), Portugal foi o terceiro com menor consumo (13, sem diferenciação no tipo), apenas superado pela Polónia (sete) e pela Bélgica (quatro). Não obstante, de 2020 para 2021, Portugal apresentou uma descida de 8,2 sacos por pessoa, mas aumentou em 2022 para uma média de 13.

Por seu turno, os países que comunicaram o consumo mais elevado de sacos de plástico leves por pessoa em 2022 foram a Lituânia (249 sacos por pessoa), a Letónia (193) e a República Checa (185), sendo a maior parte do consumo relativa a sacos de plástico muito leves, ou seja, com uma espessura de parede (espessura total do produto) inferior a 15 micrómetros.

Todos os países da UE têm em vigor medidas de redução do consumo, conforme exigido pela directiva relativa aos sacos de plástico, que visa reduzir o consumo para não exceder 40 por pessoa até 31 de Dezembro de 2025 (este objectivo não inclui os muito leves).

O Eurostat justifica que a variação no consumo per capita se deve "principalmente a diferenças na eficácia das medidas, influenciadas por factores económicos, sociais e políticos", além de que "alguns países aplicaram medidas de redução do consumo durante o período 2018-2022, enquanto outros as aplicaram durante um período mais longo".

"Um terceiro factor é a utilização de diferentes métodos de cálculo nos países da UE", refere ainda o gabinete estatístico comunitário em nota de imprensa.