Só este ano, morreram seis jovens a “surfar” no metro de Nova Iorque

A tendência não é nova, mas voltou a ganhar popularidade nas redes sociais e o número de mortes e detenções tem vindo a aumentar.

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O organismo que gere o metro de Nova Iorque pediu a várias empresas de redes sociais que retirem quase 11 mil vídeos que incentivam a prática ANDREW KELLY / REUTERS
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Jovens, incentivados por desafios nas redes sociais, estão a sair do metro, em Nova Iorque, e a empoleirar-se no topo das carruagens como se estivessem a "surfar". O Departamento de Polícia de Nova Iorque informou, em declarações à CNN, que só este ano já morreram seis pessoas e 181 foram detidas.

A tendência chama-se subway surfing (surfar no metro, numa tradução livre) e não é nova, mas voltou a ganhar popularidade nas redes sociais e o número de mortes e detenções tem vindo a aumentar. O caso mais recente é de duas jovens, uma de 12 e outra de 13 anos, que tentaram a manobra e perderam o equilíbrio: a primeira sofreu uma lesão na cabeça, com hemorragia cerebral, segundo a televisão WABC, a segunda caiu entre carruagens e acabou por morrer.

Dias antes, um rapaz de 13 anos morreu enquanto tentava surfar em cima do metro, em Queens. A mãe disse à televisão WPIX que o jovem estava a participar num desafio que tinha encontrado nas redes sociais e já não era a primeira vez que o fazia e publicava vídeos nas redes sociais, mesmo depois de lhe ter dito que não o podia fazer.

Na quarta-feira, testemunhas viram uma jovem a subir para o topo de uma carruagem e a cair nos carris, segundo disseram ao New York Post. Pouco depois desse avistamento, a rapariga de 18 anos foi encontrada com ferimentos graves nos braços e pernas e transferida para o hospital de Harlem, onde deu entrada em estado crítico.

O MTA (Metropolitan Transportation Authority), organismo público encarregue de gerir a rede de autocarros e metro da cidade​ de Nova Iorque, disse ao New York Post que pediu a várias empresas de redes sociais que retirem quase 11 mil vídeos que incentivam a prática, mas não tem dados sobre quantos realmente foram apagados.

“Este comportamento perigoso em busca de adrenalina tem consequências que mudam a vida. Não vale a pena arriscar a vida nem o sofrimento que trarias à tua família e amigos", escreveu a polícia de Nova Iorque, numa publicação na rede social X.

Em Portugal também já houve registos desta prática. Em 2019, quatro jovens ficaram feridos após terem tentado surfar em cima de carruagens do Metro do Porto, em Rio Tinto, perto da estação da Levada. Foi o condutor que seguia no sentido contrário que reparou nos quatro adolescentes caídos nos carris e alertou as autoridades.

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