Beyoncé lidera com onze nomeações uns Grammys novamente declinados no feminino
Atrás de Beyoncé na lista de nomeados surgem Charli XCX, Billie Eilish, Kendrick Lamar e Post Malone, com sete nomeações, e Sabrina Carpenter, Chappell Roan e Taylor Swift, com seis.
Como habitualmente, sempre que tem matéria elegível para os prémios da indústria musical americana, Beyoncé surge destacada na lista de nomeações para os Grammys. A autora de Cowboy Carter tem onze nomeações. Atrás dela, Charli XCX, Billie Eilish, Kendrick Lamar e Post Malone, com sete, e Sabrina Carpenter, Chappell Roan e Taylor Swift, com seis. Os vencedores serão conhecidos na cerimónia que terá lugar a 2 de Fevereiro na Crypto.com Arena, em Los Angeles. Entre eles poderão estar os Beatles, que regressam às nomeações pela primeira vez desde 1997. Now and then é uma das concorrentes a Gravação do Ano.
Anunciadas esta sexta-feira pela Academia Fonográfica dos Estados Unidos, as listas de candidatos aos Grammys confirmam Beyoncé como a artista mais nomeada da história dos prémios (contabiliza agora 99, tendo atrás de si Jay-Z, seu marido, com 88). Confirmada fica também a tendência dos últimos anos para declinar os Grammys no feminino.
Afinal, Beyoncé tem, nas principais categorias (Canção, Gravação e Álbum do ano), a companhia de Taylor Swift, Billie Eilish, Chappel Roan e Sabrina Carpenter – as duas últimas estão também nomeadas na categoria de Melhor Novo Artista. Nas nomeações para Álbum do Ano e Gravação do Ano, apenas André 3000 (com New Blue Sun) e Jacob Collier (com Djesse Vol.4), na primeira categoria, e os Beatles (com Now and then) e Kendrick Lamar (com Not like us), na segunda, se intrometem entre as candidatas. Além deles, as nomeadas para Gravação do Ano são Beyoncé (Texas hold ‘em), Sabrina Carpenter (Espresso), Charli XCX (360), Billie Eilish (Birds of a feather), Chappell Roan (Good luck, babe!) e Taylor Swift (Fortnight).
Para Álbum do Ano, Jacob Collier e André 3000 são acompanhados na lista por Beyoncé (Cowboy Carter), Sabrina Carpenter (Short n’Sweet), Charli XCX (BRAT), Billie Eilish (Hit Me Hard and Soft), Chappell Roan (The Rise and Fall of a Midwest Princess) e Taylor Swift (The Tortured Poets Department).
Se não é surpresa a presença na lista de candidatos a álbum do ano de estrelas planetárias como Beyoncé, Taylor Swift e Billie Eilish, bem como a de fenómenos em ascensão como Sabrina Carpenter e Chappel Roan, ou de uma Charli XCX cujo impacto foi assinalado há uma semana pelo Collins Dictionary, que declarou o título do seu álbum mais recente, “brat" como a palavra do ano, o mesmo não se pode dizer de New Blue Sun, álbum que dividiu opiniões e em que André 3000, nome maior do hip hop ao leme dos Outkast, se converteu ao jazz new age.
Para o recorde pessoal de nomeações de Beyoncé, a mais vitoriosa da história dos Grammys, com 32 prémios ao longo da carreira, contribui o facto de Cowboy Carter, em que a música nascida em Houston, no Texas, reclamou para si a herança da música country, lhe ter valido também nomeações para Melhor Álbum Country, Melhor Canção Country (Texas hold ‘em) e Melhor Performance de Americana (Ya ya).
Quanto ao regresso dos Beatles aos Grammys, 54 anos depois do fim da banda, distingue o trabalho de Paul McCartney e de Ringo Starr no completar uma canção, Now and then, a partir de uma maquete roufenha de John Lennon. Haviam tentado fazê-lo, ainda com George Harrison, em 1997, mas sem sucesso – as possibilidades tecnológicas de então não permitiram trabalhar adequadamente a voz e o piano de Lennon, registados de forma caseira em cassete, algo que a evolução da inteligência artificial tornou agora possível.
Para Canção do Ano, que distingue o trabalho de composição e a letra (a Gravação do Ano, por sua vez, distingue o trabalho de gravação e produção), estão nomeadas A bar song, de Shaboozey, Birds of a feather, de Billie Eilish, Die with a smile, de Lady Gaga e Bruno Mars, Fortnight, de Taylor Swift, com a participação de Post Malone, Good luck, babe!, de Chappell Roan, Not like us, de Kendrick Lamar, Please please please, de Sabrina Carpenter, e Texas hold ‘em, de Beyoncé.
Sem surpresas, igualmente, a ausência do rock das principais categorias, confirmando-se o seu estatuto actual, na grande indústria, enquanto apenas um género mais entre os vários listados nos Grammys. Para Álbum Rock do ano, refira-se por curiosidade, estão nomeados Happiness Bastards, dos Black Crowes, Romance, dos Fontaines D.C., Saviors, dos Green Day, Tangk, dos IDLES, Dark Matter, dos Pearl Jam, Hackney Diamonds, dos Rolling Stones, e No Name, de Jack White.
Pode consultar aqui a lista completa de nomeados.