Mapa do calor: vivemos em 2024 o segundo Outubro mais quente registado na Terra

Boletim do Copérnico confirma que Outubro marcou o décimo quinto mês num período de 16 meses durante o qual as temperaturas médias globais excederam 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais.

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Imagem divulgada esta sexta-feira oferece uma visualização de dados baseada nos dados do C3S que destaca a Europa União Europeia, Copernicus Climate Change Service Data
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O Serviço de Monitorização das Alterações Climáticas do Copérnico (C3S) publicou o seu último Boletim Climático mensal, centrado nas principais tendências climáticas em Outubro de 2024, divulgando esta sexta-feira a imagem de um planeta a altas temperaturas no Outono, mais precisamente durante o mês de Outubro.

O boletim refere que Outubro de 2024 foi o segundo mais quente de que há registo a nível mundial, apenas superado por Outubro de 2023. "O mês foi 0,80 graus Celsius mais quente do que a média de Outubro de 1991-2020, com uma temperatura absoluta do ar à superfície de 15,25 graus Celsius, e marcou o décimo quinto mês num período de 16 meses durante o qual as temperaturas médias globais do ar à superfície excederam 1,5 graus Celsius acima dos níveis pré-industriais", refere o comunicado de imprensa.

A imagem divulgada esta sexta-feira oferece uma visualização de dados baseada nos dados do C3S que destaca a Europa onde Outubro de 2024 foi classificado como o quinto Outubro mais quente de que há registo, com temperaturas médias 1,23 graus Celsius acima da média mensal de 1991-202o.

Esta quinta-feira, o Copérnico tinha já divulgado dados que confirmavam as elevadas temperaturas do planeta em Outubro de 2024 adiantando que já é possível afirmar com elevado grau de certeza a conclusão que 2024 já é, virtualmente, o ano mais quente de sempre — e será o primeiro ano em que a temperatura média global fica acima de 1,5°C em relação aos níveis pré-industriais.

A estimativa para 2024 é provisória e baseia-se em dados de Janeiro a Outubro, mas a diferença é tão expressiva que os cientistas — por norma conservadores nas suas previsões — já se permitem declarar que é quase certo que estamos perante o ano mais quente de sempre. “A anomalia da temperatura média para o resto de 2024 teria de cair para quase zero para que 2024 não fosse o ano mais quente”, descreve o comunicado do C3S.

"Os dados do C3S são essenciais para monitorizar as tendências do clima global e, em última análise, apoiar os decisores na criação e aplicação de estratégias climáticas para o futuro", lembra o Copérnico, o programa europeu de monitorização do clima.